Gamers mais antigos ainda são relutantes ao serviço de venda digital dos jogos, já os novos muitas vezes preferem esse meio de compra. Há também casos onde os papéis se invertem. Com a evolução da tecnologia várias maneiras diferentes de se adquirir um mesmo produto surgem no mercado. Mas estariam aí para melhorar a vida do consumidor ou servir aos produtores/empresas? E os jogos, como se encaixam nisso tudo?
Let the games begin
É natural do ser humano e da sociedade evoluir, buscar a mudança, variar um pouco é inerente à nossa condição. Tendo isso em vista podemos voltar na história dos games e lembrar que antes eles eram lotados em cartuchos, chips que armazenavam nossa diversão. E assim foi durante muito tempo, até que em meados dos anos 1990 o uso de mídias óticas começou a surgir. E se tornou muitíssimo popular: o PlayStation, que com renderização 3D poligonal usando CDs e seu sucesso arrasador na história dos videogames, foi um dos maiores responsáveis pelo sucesso e adoção definitiva das mídias óticas em nossos consoles.Hoje temos DVDs e Blu-rays, este aparentemente tomando o mercado de vez (com exceção do Wii U que utiliza uma mídia própria), cujas capacidades jamais seriam imaginadas na época dos cartuchos. Isso permite que vejamos jogos cada vez mais belos e bem feitos e dá mais liberdade de criação para as produtoras. Se um dia a internet for de ótima qualidade para todos talvez a mídia digital conquiste sua hegemonia, oferecendo ainda mais liberdade de produção já que a limitação da capacidade de um disco não existiria, restando apenas banda disponível para baixar o jogo em um tempo consideravelmente curto.
Há alguma disputa?
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E você com isso?
Bem, entre as opções os mais novos nesse meio podem ficar muito confusos, indecisos. Mas o que comprar? Digital, físico... como decidir? Isso influencia muito mais no bolso do que na experiência do jogo em si. Redes como Steam, Nuuvem, PSN, Xbox Live, eShop dão alternativas aos games em mídia física, o que facilita na logística se você não tem tempo de sair ou não quer juntar várias caixas, tem medo de que seus discos arranhem ou apenas prioriza a comodidade. Em contra partida as mídias físicas podem ser repassadas, trocadas ou emprestadas, algo que ainda é impossível com jogos digitais. A proposta mais importante da mídia digital é anular custos com logística, impressão de capas e revenda. Alguns acabam não saindo tão baratos assim, como aconteceu com o Deadpool no Steam, que depois teve seu preço reduzido devido a reclamações de usuários da rede. Outros casos são vistos também na PSN e no eShop, que em lançamentos praticam o mesmo jogo da mídia física. Então, qual a lógica nisso? Apenas oferecer mais uma maneira do gamer torrar seu precioso dinheiro? Nem tudo são flores, não é mesmo? Mas de modo genérico, a mídia digital é mais barata. A baixa de preço e a promoção de jogos em mídia digital têm sido muito mais recorrentes do que com mídias físicas. PSN e Steam vivem fazendo promoções em suas lojas.
As duas mídias podem facilmente coexistir, sem nenhum problema. Em algum momento, para alguém, uma delas será mais adequada. Talvez para computador a mídia digital seja mais conveniente. Já nos lançamentos dos consoles nem tanto, pois ambas custam o mesmo preço e a mídia física ainda pode ser renegociada. No fim das contas o gamer deve analisar calmamente o que lhe traz mais vantagens; todos os fatores precisam ser considerados para decidir qual levar. A ocasião faz a compra.
Você gamer deve prestar muita atenção nas opções. Como em tudo nessa vida, temos que ser cautelosos, estudar (sempre), analisar e ver qual é a melhor opção para o seu momento, bolso e necessidade. Mídias física e digital estão aí não para brigar entre si, nem nos deixar em dúvida, mas para oferecer mais opções de nossa diversão predileta!
Revisão: Bruna Lima
Capa: Diego Migueis