Carros mais velozes e corridas mais furiosas: relembrando a continuação, Need for Speed: Underground 2

em 01/06/2013

Se, no ano de 2003, a EA Games  não tivesse tido um sucesso tão grande com o lançamento do primeiro game da franquia Need for Speed  a ca... (por Ok em 01/06/2013, via GameBlast)


Se, no ano de 2003, a EA Games não tivesse tido um sucesso tão grande com o lançamento do primeiro game da franquia Need for Speed a cair com tudo no submundo do tuning, Need for Speed: Underground, talvez ela não tivesse continuado a trajetória e voltado a publicar games no estilo tradicional da série, com carros poderosos, mas sem nenhuma opção de modificação. E, se hoje, até mesmo um certo encanador bigodudo entrou na onda das modificações e permite aos jogadores "tunarem" seus karts em Mario Kart 7, fica claro que o quesito personalização conta muito em um game, inclusive um game de corrida. Não querendo desapontar os fãs, a empresa de Redwood lançou, em 2004, uma continuação para o título.

"Riders on the storm"

Need for Speed: Underground foi um título e tanto, e agradou à grande maioria dos fãs com suas corridas fortemente ambientadas em um submundo ilegal onde vence o mais rápido - e aquele que conseguir desviar da maior quantidade de obstáculos, como outros veículos e paredes. Assim, é claro que Need for Speed: Underground 2 não poderia ficar atrás, e trouxe aos fãs muito mais do que o esperado para a continuação.

Ajudado pela bela Rachel, completar o jogo não será difícil.

A primeira grande mudança que o jogador percebe é que, agora, o game se passa em um mundo completamente aberto, sendo possível ir e vir para onde quiser, na hora em que quiser. É claro que algumas áreas só são liberadas depois de um certo tempo, mas o jogo dá desculpas até bem aceitáveis para isso. Mas a sensação de liberdade proporcionada pelo título foi tamanha que a EA decidiu manter a opção de mundo aberto em grande parte dos títulos lançados posteriormente.

Um carro para cada dia da semana

Como se isso, por si só, já não fosse o bastante, Need for Speed: Underground também permitia, pela primeira vez na série, a posse de uma garagem onde você poderia deixar todos os carros que seu dinheiro pudesse comprar, com espaços que iam sendo liberados conforme você progredia no jogo. Assim, trocar de carro era como trocar de roupa: em uma corrida você poderia usar seu Peugeot 206 azul com chamas amarelas e neon vermelho, em outra podia trocar para seu Mitsubishi Lancer Evolution amarelo com faixas pretas, uma caveira e rodas cromadas. Além disso, o número de modificações disponíveis também aumentou desde o jogo anterior, incluindo desde neons piscantes até portas em estilo asa e sistemas completos de som.

"Seu carro solta uma feia fumaça branca quando você usa óxido nitroso para melhorar sua performance em corridas? Nós temos a solução: chegaram as lindas e brilhantes fumaças coloridas que só a Polishop poderia trazer".

E não para por aí: o game também foi o único de toda a série a permitir que você comprasse os grandes SUVs, como o Cadillac Escalade e o Lincoln Navigator. Uma pena que estes carros pesados não tenham caído nas graças dos fãs, ou poderíamos ainda tê-los entre os selecionáveis nos títulos mais recentes. Ironicamente, se você escolhesse um SUV e partisse para uma corrida, todos os seus adversários passariam a usar, também, SUVs, tornando tudo mais balanceado (exceto nos modos multijogador, nos quais qualquer carro poderia competir contra um SUV).

Velozes e ainda mais furiosos

É claro que não poderíamos deixar de citar os modos de jogo que marcaram os jogadores de Need for Speed: Underground 2. Muitos desses modos foram herdados de seu predecessor, mas foi o modo Outrun que realmente fez a cabeça dos fãs, já que permitia ao jogador "ir à caça" de novas corridas pela cidade. Ao todo, seis modos principais estavam disponíveis, com algumas variações à disposição.

O clássico Circuit, inglês para "circuito", retorna com força total. Aqui, os corredores devem passar diversas vezes pelos mesmos lugares a fim de completar um determinado número de voltas antes dos demais. Este modo também está presente na Underground Racing League, uma liga de corridas em circuitos fechados onde os corredores somam pontos através de várias corridas em sequência.

O modo Sprint, que pode ser traduzido como "corrida rápida", também voltou. Neste modo não há voltas, e os corredores se digladiam tentando ir de um ponto a outro da cidade no menor tempo possível.

A categoria que inspirou o terceiro filme da série Velozes e Furiosos também está presente aqui. No Drift, que, em português, seria algo como "derrapada", os corredores se enfrentam em um circuito fechado repleto de curvas fechadíssimas. Diferente da primeira versão de Underground, no entanto, aqui todos os carros podem ser vistos na pista ao mesmo tempo, tornando mais difícil passar por todo o trajeto sem se chocar, mas também possibilitando a utilização dos carros adversários como meio de evitar uma parede.

O modo Drag, a popular "arrancada", volta com tudo na segunda edição de Underground. Aqui, o que conta é trocar de marcha nos momentos certos e aproveitar todo o poder que um carro pode ter em linha reta. Em alguns trajetos, entretanto, algumas curvas podem ser vistas, mas elas são feitas automaticamente, permitindo que o jogador se concentre apenas em ir para a frente.

O novo modo Street X, que traduzido literalmente seria algo como "Rua X", ou "X das Ruas", coloca os corredores em um circuito muito semelhante ao do modo Drift, fechado e com curvas fechadíssimas. A diferença é que, neste modo, o que vale é completar as voltas mais rápido do que os adversários.

Finalmente, o supracitado modo Outrun é diferente de todos os outros por não ser disponibilizado em lugares específicos da cidade através de um ícone de evento, mas sim por depender da sorte em encontrar outros carros tunados no meio das ruas. Basta piscar os faróis para seu aspirante a adversário e a aventura começa. Aqui, o corredor que conseguir ficar à frente é quem dita o trajeto, que pode se estender por toda a cidade sem nenhuma limitação, e é exatamente isto que torna o modo tão divertido e diferente dos outros, que dependem de um trajeto especificado. Quem conseguir chegar a uma distância de mil metros na frente do outro carro é declarado vencedor, mas atenção: se você for o perdedor perderá um pouco de seu dinheiro, uma verdadeira corrida de rua.

As chances de você nunca ter jogado Need for Speed: Underground 2 são pequenas, já que o game figura como um dos mais, senão o mais popular de toda a franquia. Dando um gás novo para a série, o título foi o responsável por definir padrões que perduram até hoje, e um game da franquia Need for Speed que não tenha, por exemplo, um mundo aberto, desperta saudades. Contudo, se você ainda não teve a oportunidade de pôr as mãos neste jogaço, aproveite, pois o número de plataformas para as quais ele foi lançado é quase tão grande quanto a velocidade que você poderá alcançar com os carros do game. Com toda a certeza este jogo merece a sua aposta.

Revisão: Catarine Aurora
Capa: Daniel Silva

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