Em busca do cálice sagrado em Indiana Jones e a Última Cruzada para Master System

em 31/05/2013

Em 1989, chegava aos cinemas o que eu considero um dos melhores filmes de ação e aventura já feitos: Indiana Jones e a Última Cruzada . Co... (por Unknown em 31/05/2013, via GameBlast)

Em 1989, chegava aos cinemas o que eu considero um dos melhores filmes de ação e aventura já feitos: Indiana Jones e a Última Cruzada. Como acontece desde sempre no mundo dos games, se um filme faz sucesso então um jogo com a adaptação dele deve ser lançado. Sendo assim, um ano após o lançamento do filme, a finada LucasArts trouxe a adaptação da aventura para o Master System. Infelizmente, o jogo não trazia metade da empolgação contida nos filmes, mas ainda assim garantiu momentos divertidos para o 8 bits da Sega.

Uma aventura curta

Indiana Jones e a Última Cruzada possuía apenas seis fases e seguia os mesmos passos do herói no filme. Apesar da aparência de Indy não mudar durante todo o jogo, as duas primeiras fases (caverna e um trem do circo) representam o prólogo do filme, no qual um Indiana ainda adolescente encontra a Cruz de Coronado. Na terceira entramos em uma catacumba, na qual o personagem acaba encontrando pistas sobre o Santo Graal, enquanto a quarta consiste em subir os muros de um castelo que serve como base para os nazistas. Já a quinta etapa se passa dentro de um zeppelin, com o jogador tendo que chegar até um avião para escapar. O jogo termina na sexta fase, que consiste basicamente em apresentar os enigmas que Indy enfrenta durante o filme.


Com exceção da segunda e da sexta fase, todas as outras são basicamente labirintos nos quais o jogador deve subir e descer até finalmente encontrar a saída. Para aumentar o desafio, além dos inimigos como índios, bandidos e ratos, as fases possuem um contador que se chegar a zero é game over. Para evitar isso, o jogador deve sempre ficar atento coletando as pequenas ampulhetas que aparecem pelo caminho. A segunda fase é em linha reta, com o personagem atravessando os vagões de um trem. Essa parte ficou marcada pelo fato de que Indiana podia ser atacado por alguns animais que estavam dentro dos vagões, como rinocerontes e girafas. A sexta e última fase é bem curta, contando apenas com poucas armadilhas e o enigma mais interessante do filme, que era caminhar pelas letras que formavam a palavra IEHOVÁ e conseguir finalmente o Cálice Sagrado.

Divertido, porém silencioso

Apesar de ser bastante limitado tecnicamente, Indiana Jones e a Última Cruzada ainda trazia coisas interessantes para os games da época. Quando o personagem caminha, por exemplo, a movimentação é bem legal, balançando os braços e mostrando a camisa branca que ele usa por baixo da jaqueta de couro. Na hora de pular entre as plataformas, Indy coloca a mão na cabeça para segurar o chapéu. O grande ponto negativo mesmo fica por conta do personagem não poder correr, apenas caminhar. Às vezes para passar mais rápido por alguma parte era melhor ir pulando, o que dava certa velocidade. Além da animação do personagem, algumas fases traziam efeitos interessantes, como a do zeppelin onde a câmera se movia para cima e para baixo, dando a sensação de estar em um veículo em movimento. Já na fase do castelo era possível usar o chicote para alcançar plataformas mais distantes.

Tela de abertura antes da 6ª fase
Um dos grandes defeitos do jogo era a falta de trilha sonora. Antes de cada fase tocava uma breve música, mas depois disso o jogador ficava apenas com os sons ambientes, que nem eram tantos assim. Era comum passar longos períodos sem escutar absolutamente nada. Como se isso não bastasse, o chicote, principal característica do Indiana Jones, tinha uso limitado. O jogador começava apenas com a opção de dar socos nos inimigos e pegava o chicote no decorrer das fases. E mesmo assim ele funcionava como uma arma de fogo, com um limite no número de vezes que podia ser utilizado (geralmente 3 vezes a cada item pego). O final também era decepcionante, com uma imagem de Indy e seu pai abraçados e uma musiquinha tocando, nada além disso.

Mesmo com todos os defeitos, ainda lembro com carinho de Indiana Jones e a Última Cruzada para o Master System. Apesar de tudo, ele era um jogo divertido para a época e conseguia reproduzir alguns dos desafios do filme no qual foi baseado. Além disso, as cores eram bem vivas e representavam com fidelidade os trajes do Indy.

Revisão: Bruna Lima
Capa: Stefano Genachi

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