Carros velozes e corridas furiosas: relembrando Need for Speed Underground

em 24/05/2013

Se houve um franquia de jogos de corrida que sofreu grandes mudanças e partiu para uma faceta até então pouco ou não explorada das corrid... (por Ok em 24/05/2013, via GameBlast)


Se houve um franquia de jogos de corrida que sofreu grandes mudanças e partiu para uma faceta até então pouco ou não explorada das corridas, o submundo do tuning, esta franquia foi Need for Speed. A série, que teve seu primeiro título lançado em 1994, mostrava corridas muito inspiradas pelos veículos exóticos, ostentando marcas como Lamborghini, Porsche e Ferrari, ousou e pegou inspiração no filme de 2001, Velozes e Furiosos, que tem seu sexto episódio lançado hoje, e lançou, em 2003, o título Need for Speed: Underground. A resposta foi um sucesso absoluto e uma grande história de amor entre os fãs e as modificações feitas nos carros, que perduram até hoje na franquia.

"I've got a Need for Speed"

Corra o quanto quiser, mas
cuidado com a van branca!
De modo geral, o game continua seguindo o estilo arcade que consagrou a série. Aqui, é possível alcançar altas velocidades sem se preocupar com a próxima curva, e a jogabilidade focada na diversão traz apenas penalidades de tempo para os jogadores que envolverem-se em acidentes com obstáculos ou outros veículos. E, muito embora no começo as velocidades não ultrapassem em demasia os limites, conforme o jogo vai se desenrolando, carros mais velozes e novas melhorias vão sendo desbloqueadas.

Mas o que mais chama a atenção é o cuidado cedido pela EA Games com a ambientação do título. O clima do submundo é trazido com altas doses de hip-hop e rock. Isso, somado ao fato de as corridas acontecerem apenas à noite, traz a sensação de estar realmente participando de corridas ilegais, travadas nas ruas de uma cidade qualquer, mais movimentada nos horários de pico, e mais pacata na madrugada, mas sempre povoada - pelo menos por outros veículos.

Uma reputação a zelar

Se parássemos por aqui, Need for Speed: Underground já poderia ter sido considerado como um belo divisor de águas, mas lembre-se que não é só da performance que viviam os carros tunados do famoso filme. Assim, com uma pitada generosa de modificações visuais, a EA trouxe a alegria aos mais fervorosos e exigentes fãs. No game é possível fazer diversas modificações: desde dar uma pintura nova até adicionar aerofólios e saias às carangas, passando pelos cobiçados vinis e adesivos.

Essas modificações, somadas às manobras e acrobacias que o jogador fosse capaz de realizar durante as corridas, somavam pontos a um contador de reputação. Conforme sua reputação ia subindo, novas modificações iam sendo liberadas, permitindo deixar o carro exatamente como você quisesse.

"Conquiste a noite, 12 segundos de cada vez", numa clara referência ao "carro de 12 segundos".

Um fator interessante neste ponto é que quando você mudava de carro, neste game, todas as modificações feitas no antigo eram migradas para o novo. É claro que isso também o obrigava a fazer tudo de novo se você decidisse mudar a aparência do carro, mas poupava o trabalho se você quisesse optar por simplesmente deixar tudo como era.

Velozes e muito furiosos

Falar de Need for Speed e não citar os modos de jogo é quase um crime. Então deixamos, aqui, nossa tentativa de escapar das garras de uma fiscalização que, porventura, alguma sociedade protetora dos games venha a fazer. No decorrer do jogo, cinco tipos de corrida apareciam para deixar as coisas mais divertidas e tirar tudo da mesmice.

Circuit, ou "circuito", em português, são as corridas "normais", onde é definido um traçado que sai de um ponto da cidade e retorna ao mesmo ponto, passando pelos mais variados locais. Aqui, um número de voltas é definido, e aquele que as completar primeiro será o vencedor.

Knockout, literalmente "nocaute", são corridas quase idênticas aos circuitos, à exceção do fato de que o último corredor a completar cada volta será eliminado da corrida, deixando os demais se digladiando pelo primeiro lugar.

Sprint, algo como "corrida rápida", são corridas desprovidas de voltas, saindo de um ponto da cidade e terminando em outro ponto distinto, às vezes passando por trajetos longos e complicados. Apesar disso, o painel de jogo mostra que o jogador está na "primeira de uma volta". Semelhantemente aos demais tipos, aquele que chegar primeiro no ponto final será o vencedor.

Drift, que poderia ser traduzido como "derrapada" ou algo assim, não são exatamente corridas, visto que o fator tempo importa muito pouco aqui. Sozinho em uma pista especial, repleta de curvas fechadíssimas, o corredor deve realizar o maior número de pontos que conseguir derrapando pelo trajeto e ligando uma derrapada à outra. Quanto mais ele conseguir derrapar sem bater, e quanto mais cedo iniciar uma derrapada após terminar a anterior, mais pontos ele conseguirá. Aquele que fizer mais pontos é declarado vencedor.

Finalmente, Drag, as populares "arrancadas", são corridas onde tudo o que importa é a velocidade e a habilidade em trocar de marcha nos momentos certos. Compostas unicamente de uma grande reta - e diversos obstáculos -, estas corridas figuram entre as mais desafiadoras, e chegar em primeiro quase nunca é uma tarefa fácil.

Need for Speed: Underground foi um jogo que, com certeza, marcou época. O título ainda contava com uma pequena história que ia sendo contada a cada corrida no modo carreira, começando com um sonho que seu personagem teve de estar pilotando uma máquina tunada digna do final do jogo, e terminando com um embate violento nas ruas. Se você ainda não teve a oportunidade de jogar, aproveite, pois o título foi lançado para as mais variadas plataformas, sendo fácil de ser encontrado nas lojas por aí, mesmo sendo um jogo tão datado. Pronto para a próxima corrida?

Revisão: Mateus Pampolha
Capa: Diego Migueis

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