Ao ato de saltar grandes distâncias impulsionado unicamente pela recuo gerado pela explosão de um foguete atirado por um lançador de foguetes e seu consequente impacto no chão deu-se o nome de rocket jump, que significa, literalmente, pulo de foguete. E esta técnica, apesar de surreal, tem sido apresentada das mais diversas formas no mundo dos games, seja com os soldados de Team Fortress 2, seja com os vídeos de Freddie Wong. E que tal um game baseado inteiramente na movimentação por meio de rocket jumps?
Um salto pelas galáxias
StarCrossed, game lançado para Android e Windows Phone pela Kind of a Big Deal, tem justamente esta proposta. O jogo, um clássico puzzle que te fará gastar algumas horas pensando em maneiras de dominar cada um dos trinta níveis oferecidos até agora, coloca ao seu controle um rapazinho que, intrigantemente, busca seu caminho até o planeta habitável mais próximo através de rocket jumps.
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| Como o astronauta não se fere? |
E, à primeira vista, tudo parece muito simples. Afinal, é só mirar seus foguetes em direção ao chão e observar o pequenino voando através dos planetas, cada um com sua própria esfera gravitacional que atrai o rapaz em direção ao seu núcleo, de uma maneira semelhante ao visto em Angry Birds Space. Mas é com o passar dos níveis que a verdadeira natureza do game se mostra.
Quente ou frio?
Como já é de costume entre os puzzles lançados para dispositivos móveis, cada estágio lhe oferece a possibilidade de ter seu desempenho avaliado em até três estrelas. Duas destas estrelas variam de acordo com o tempo que você levou para completar o nível e a quantidade de estrelas que coletou pelo caminho, enquanto a outra é adquirida automaticamente ao chegar em seu destino.
Nas primeiras fases, conseguir a avaliação de três estrelas é relativamente fácil. Conforme você progride no jogo, no entanto, novos elementos são adicionados só para dificultar seu percurso. Às vezes, por exemplo, você pode dar de cara com astros brilhantes semelhantes ao nosso Sol, que queimam o pobre protagonista se este tentar pousar sobre ele como em um planeta.
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| A tela se embaça para avisar que seu personagem está prestes a ir para a geladeira. |
Além disso, planetas quentes também podem fazê-lo virar churrasquinho se ele passar tempo demais em suas superfícies. Em outro extremo, temos planetas gelados que, de maneira semelhante, podem o transformar em um cubo de gelo. Para completar, temos a adição de buracos negros que, com suas próprias forças atrativas, sugam o protagonista à imensidão escura, emitindo um som que deixaria o próprio Darth Vader arrepiado.
Estrela do rock?
A trilha sonora do game também não deixa a desejar, apresentando uma temática que se assemelha aos estilos rock e country, dependendo do momento, mas sempre cheio de acordes de guitarra de uma maneira que deixa qualquer aspirante a Kurt Cobain empolgado.
Isso é, nos momentos em que há alguma música tocando. Infelizmente, a música do jogo se limita à tela inicial e aos momentos de vitória, tendo alguns efeitos sonoros interessantes no decorrer dos níveis, mas nada a ponto de prender sua atenção pela música. Certamente os desenvolvedores poderiam ter explorado um pouco mais este quesito.
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| Não temos certeza se ele está apontando para seu destino ou mandando você jogar... |
Prós
- Um puzzle divertido que leva muitas tentativas e erros para ser masterizado;
- Temática espacial com cada corpo celeste apresentando sua própria força gravitacional, ao melhor estilo Angry Birds Space;
- As músicas são um show de rock a parte;
- Duas palavras: rocket jump.
Contras
- Só mais um puzzle entre tantos outros;
- Poucas músicas, e poucos momentos onde elas são tocadas.
StarCrossed - Android/Windows Phone - Nota Final: 7.0
Capa: Diego Migueis
Revisão: Ramon Souza
