Guia DLC: Vergil's Downfall (PC)

em 22/03/2013

O mais novo jogo da Capcom, feito pela inglesa Ninja Theory, DmC: Devil May Cry é um sucesso de crítica. Mesmo aqueles que estavam mais re... (por João Pedro Meireles em 22/03/2013, via GameBlast)

O mais novo jogo da Capcom, feito pela inglesa Ninja Theory, DmC: Devil May Cry é um sucesso de crítica. Mesmo aqueles que estavam mais receosos quanto ao reboot da série tiveram que se render a qualidade do novo jogo da série. Seu maior defeito, entretanto, é sua relativamente curta duração, o que, para alegria de muitos pode ser atenuado pelo novo DLC, Vergil’s Downfall, que se passa logo após os acontecimentos do game original e tem como grande destaque, além de missões totalmente novas, a possibilidade de jogar com o outro filho de Sparta: Vergil.

A dor da traição

Atenção: este tópico contém spoilers para aqueles que não terminaram a campanha de DmC: Devil May Cry

O DLC começa, como dito anteriormente, logo após o término do game original, quando após uma grande luta, Dante acaba derrotando seu outro irmão nephilim: Vergil. Impedido por Kat de matar o mesmo, Dante deixa-o fugir, que abre um portal por onde sai extremamente ferido. Traído, Vergil vai até onde, um dia, fora a morada de sua família, em busca de conforto pela dor que sentia. O game então passa para a mente de Vergil que, em uma viagem interna, terá que enfrentar os fantasmas do seu passado e seus próprios demônios a fim de retomar seu poder.

Dois gêmeos, duas armas

A mecânica de combate de Vergil, apesar de seguir os mesmos botões de Dante, apresenta um estilo muito diferente do mesmo. A Ninja Theory fez um excelente trabalho em aliar o estilo de luta com a personalidade do personagem. Se com Dante temos um estilo agressivo e rápido (características marcantes do personagem principal), com Vergil temos um estilo mais estratégico e lento, o que reflete a personalidade fria e calculista do mesmo.


Além disso, a Yamato de Vergil, espada herdada de seu pai, apresenta um range menor que a Rebellion, arma de seu irmão, o que torna necessário ter mais precisão nos ataques, visto que será difícil manter combos altos e faz com que as esquivas sejam ainda mais necessárias. O grande diferencial entre Vergil e seu gêmeo definitivamente são as Swords Illusion (espadas invocadas com o poder da mente do nephelim), que, além de servirem de arma de longo alcance, são um pré-requisito para se usar o Demon/Angel Push/Pull nos inimigos, logo, é sempre bom ter todos os inimigos com pelo menos uma espada cravada, o que permite realizar as manobras descritas de forma mais rápida e eficiente.


Não se mexe em time que está ganhando

Um dos maiores destaques do game original, senão o maior, persiste durante o gameplay de Vergil’s Downfall: a grande qualidade na direção de arte. Desde os cenários, talvez não tão criativos quanto os que Dante passou, mas muito próximos desses, passando pelas cutscenes, feitas em formato de desenho (que por sinal ficaram excelentes), até a dublagem, onde podemos sentir por sua voz a insegurança de Vergil, tudo foi feito com a mesma qualidade e capricho visto em DmC: Devil May Cry. Os inimigos estão igualmente bem feitos, mas é preciso dizer que foram adicionados poucos demônios novos no game, o que poderia acabar tornando a experiência repetitiva do jogo para seu DLC, mas para a sorte da Capcom, isso não ocorre devido ao tipo de gameplay totalmente diferente dos dois irmãos.

Hã? Já?

Assim como em DmC, Vergil’s Downfall tem como maior defeito sua duração, que deixa o jogador com vontade de “quero mais”, mesmo com os diversos desbloqueáveis. No caso do DLC, entretanto, o tempo de duração é realmente pequeno, o que pode desencorajar a compra por alguns jogadores, visto que o preço não é tão barato (eu mesmo zerei o DLC na dificuldade Demon Hunter, a normal, entre duas e três horas). Além disso, o game só possuí uma batalha contra chefe, quando o jogador enfrenta uma versão distorcida do próprio Vergil e, lembrando das épicas batalhas contra chefes contidas no game original, acaba deixando o jogador um pouco frustrado (em especial no conflito contra Dante, que só podemos ver através de cutscenes).

Um prólogo

Se Vergil’s Downfall chegou como epílogo de DmC: Devil May Cry, ao final do game o jogador tem a nítida sensação, devido ao final do mesmo (o qual não revelarei aqui), de que o DLC é uma excelente introdução ao próximo jogo da saga. Com um combate totalmente diferente, e por que não, mais desafiante, o DLC é uma compra aconselhada para aqueles que gostaram muito de DmC e procuram por algo a mais, o que, apesar de sua curta duração, Vergil’s Downfall consegue suprir de forma satisfatória.
Vergil's Downfall (DmC: Devil May Cry) - PC - Nota: 8.0
Preço: R$ 16,99 - Disponível na Steam
Revisão: Rafael Becker

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