Em 2010, após doze longos anos, a Blizzard lançou Starcraft II para alegria dos fãs. Ela não só conseguiu reviver um gênero que há muito estava morrendo, o RTS (Real-Time Strategy), mas também revitalizar todo um sistema, aperfeiçoando a fórmula e aprimorando aquilo que é a especialidade dela.
Humana.... por pouco tempo! |
Em busca de vingança
Heart of the Swarm dá continuidade à história de Wings of Liberty, onde a Rainha das Lâminas foi "dezergificada". Agora, enfraquecida e sem controle de seu enxame, ela é vulnerável aos ataques de Mengsk, além de ser vista como uma ameaça por todos a sua volta..
Mas não pense que essa é uma história de redenção. Essa é uma história de vingança que vem desde o primeiro Starcraft, quando Mengsk deixou Kerrigan para os Zergs. Ela não demora muito para mostrar que ainda deve ser temida e parte em busca de retomar seu poder perante o enxame e dar um fim ao imperador Mengsk. Tudo isso contado através de cenas in-game e cinematics de alta qualidade.
Porém, um dos maiores criticismo à história por parte dos fãs é que muito mudou desde o primeiro Starcraft com relação à história. Várias motivações estão diferentes (porque Overmind criou a Kerrigan? De onde surgiram os Primal Zergs?) e situações que tiveram pouca ou nenhuma exploração no jogo, como a paixão entre Kerrigan e Raynor, sendo que o mesmo havia jurado matar Kerrigan por todas as atrocidades e traições do primeiro jogo. É uma crítica compreensível, mas após 12 anos, muito da equipe criativa mudou e outros já mudaram de projeto e até mesmo de empresa. Além do que, muito da história foi contada nesses anos por materiais adicionais (revistas, livros, etc), explicando esse amor todo.
Aliás, esses "retcons" na história vêm sendo feitos pela Blizzard em suas franquias a fim de se adequar à uma nova equipe criativa. A humanização dos Zergs é uma delas, onde a selvageria é explicada como algo feito por uma entidade ancestral, assim como em WoW e Diablo. Isso torna a história um pouco clichê e, por vezes, previsível. Mas ainda assim a Blizzard consegue deixar as coisas interessantes e aumenta a ansiedade para a conclusão da saga.
O jogo possui 20 missões com mais algumas adicionais para evoluir suas unidades. Essas missões são variadas e vão desde o básico como "monte sua base e destrua o inimigo" até os imbatíveis "aguente os ataques por 30 minutos". Essa variação de missões, além da mudança de raça de WoL para HotS, deixa o jogo com cara de novo.Mas não pense que essa é uma história de redenção. Essa é uma história de vingança que vem desde o primeiro Starcraft, quando Mengsk deixou Kerrigan para os Zergs. Ela não demora muito para mostrar que ainda deve ser temida e parte em busca de retomar seu poder perante o enxame e dar um fim ao imperador Mengsk. Tudo isso contado através de cenas in-game e cinematics de alta qualidade.
O passado ainda machuca |
Aliás, esses "retcons" na história vêm sendo feitos pela Blizzard em suas franquias a fim de se adequar à uma nova equipe criativa. A humanização dos Zergs é uma delas, onde a selvageria é explicada como algo feito por uma entidade ancestral, assim como em WoW e Diablo. Isso torna a história um pouco clichê e, por vezes, previsível. Mas ainda assim a Blizzard consegue deixar as coisas interessantes e aumenta a ansiedade para a conclusão da saga.
O coração do enxame pulsa
Ainda, diferentemente do primeiro jogo, onde Raynor ficava na nave dando ordens, aqui Kerrigan põe a mão na massa e participa de quase todas batalhas com ataque poderosos e devastadores, podendo evoluir no decorrer do jogo. Isso torna as coisas bastante divertidas e facilita a criação de um laço com a personagem. O único problema é que a adição dela deixou tudo mais fácil. Obviamente, não poderíamos esperar menos da Rainha das Lâminas evoluída, mas mesmo no Brutal, o jogo é muito mais fácil que o seu antecessor.
Rainha das Lâminas está de volta! |
A interminável guerra entre as raças
O multiplayer foi ainda mais refinado e teve a adição de sete novas unidades, sendo duas terranas, três zergs e duas protoss). Essas unidades já mostram a que vieram, mudando um pouco as estratégias antigas e exigindo adaptações dos jogadores. Ainda assim, são uma ótima adição ao jogo e que serão refinadas ainda mais com o tempo.
E para os novatos (e, por que não, para os experts), há um novo modo de treinamento. Esse modo ajuda a diminuir a curva de aprendizado e deve tornar a transição do modo single-player para o multi-player menos traumática, ensinando aos jogadores a hora de investir em recursos, tropas, etc.
Longa Vida à Rainha das Lâminas! |
Apenas o intermédio de uma trilogia
Mesmo após dois anos e meio, o jogo ainda permanece atual e com um visual agradável. A história fecha um dos principais arcos formado desde o primeiro Starcraft e deixa encaminhado o próximo capítulo. Apesar de alguns pequenos detalhes aqui e ali, Starcraft II: Heart of the Swarm é um excelente jogo, cuja qualidade e atenção aos detalhes é algo cada vez mais escasso na indústria dos jogos. A Blizzard continua sendo uma das produtoras que colocam sua alma naquilo que fazem e isso reflete no produto final. E basta imaginar que esse é o segundo capítulo dessa trilogia. Que venham os Protoss!Prós
- História excelente, dando continuidade à história anterior;
- Sistema de upgrades, tanto de Kerrigan como dos Zergs;
- Luta contra chefes, à la World of Warcraft;
- Multiplayer balanceado;
- Legendas e áudio em português.
Contras
- Mesmo no mais alto nível de dificuldade, é mais fácil que seu antecessor;
- Alguns "retcons" da história do primeiro Starcraft, nada grande;
- Missões de evolução poderiam ser melhor trabalhadas;
- Esperar mais dois anos e meio pela continuação: Legacy of the Void.
Starcraft II: Heart of the Swarm (PC) - Nota: 9.0
Revisão: Ramon Oliveira de Souza