Stage Select: Destiny Islands (Kingdom Hearts)

Uma única escolha é capaz de mudar todo o curso de uma história. Por exemplo, se um determinado homem não se cansasse da vida pacata que levava em sua terra natal e resolvesse ficar por lá até o fim de sua vida, ele jamais teria conhecido um mestre, um companheiro e jamais se tornaria um cavaleiro da Keyblade. Esta única decisão influenciou todo o destino de sua vida e o de muitas outras no Universo. Acho que é por isso que o local abordado em nosso Stage Select de hoje é conhecido no universo de Kingdom Hearts como “Destiny Islands”.

Arquipélago do destino

Destiny Islands é um mundo composto por duas ilhas – apesar de só ser jogável em uma delas. Estas duas seções são denominadas “Ilha Principal” e “Pequena Ilha”. A Ilha Principal é organizada como uma cidade padrão, com casas, prédios, escolas, hospitais e até uma prefeitura. Inclusive é válido lembrar que o suposto prefeito dessa cidade é o pai adotivo de Kairi, uma das personagens cruciais para a história de Kingdom Hearts. A Pequena Ilha é a que observamos durante o jogo na maior parte das vezes e é aonde os personagens são controláveis. Conectada a principal por um pequeno trecho de água – que pode ser atravessado com uma canoa –, ela é um verdadeiro playground para as muitas crianças da cidade, abrigando a maior parte da vegetação existente em Destiny Islands, assim como a melhor vista para o mar das duas regiões.

Provavelmente a área mais importante da ilha: Sala Secreta.

É neste lugar que se encontra também a Sala Secreta, uma pequena caverna com gravuras nas paredes feitas por Sora, Riku e Kairi. É revelado posteriormente que ali há uma porta que na verdade é o Keyhole deste mundo, lugar por onde os Heartless conseguem entrar e consumir por completo Destiny Islands no primeiro jogo da série.

Abraçando a história

Alguns dos cidadãos notáveis desta área podem ser citados por serem os protagonistas e o antagonista de toda a trama. Tempos atrás, um jovem de cabelos prateados chamado Xehanort vivia recluso nesta ilha e sonhava em ser capaz de visitar os outros mundos. Após muito esforço, o jovem conseguiu sair de sua terra natal e foi possivelmente o primeiro de Destiny Islands a conseguir deixar o próprio mundo. Ele foi parar em The Land of Departure, onde conheceu Eraqus. Ambos se tornaram cavaleiros da Keyblade. Infelizmente, Xehanort acabou trilhando um caminho errôneo e hoje é a maior ameaça que a Realidade da Luz já enfrentou.

A Pequena Ilha, parte jogável do mundo.

Anos mais tarde, o legado ideológico daquele que conseguiu deixar Destiny Islands chegou aos ouvidos de Riku e Sora, que, inspirados pelo tal homem, desejaram igualmente sair de seu lugar de origem para visitar outros mundos. O empecilho foi que, ao tentarem sair da ilha, eles acabaram deixando entrar, através da Sala Secreta, milhares de Heartless, que consumiram o lugar por completo. Eventualmente o mundo foi recuperado, e as vidas de seus moradores também.

Contos e folclore 

Como todo bom mundo civilizado, Destiny Islands conta com o seu próprio folclore. Os contos mais interessantes são aquele que fala sobre o homem que conseguiu sair da ilha, que nós já falamos anteriormente, e o conto da fruta Paopu.

Sora segurando a Paopu Fruit que nunca pode dar a Kairi.

A fruta citada é conhecida por uma propriedade supostamente mágica de unir o destino das pessoas. Se alguém dividir a fruta com outra pessoa, essas duas pessoas terão um papel essencial na vida uma da outra e estarão sempre conectadas. Esse folclore cresceu tanto que atingiu até outros mundos, levando muitas pessoas a fazerem amuletos de sorte, união e afeição com o formato da fruta – que se assemelha a uma estrela.

O legado

Destiny Islands é um dos mundos mais importantes de toda a série Kingdom Hearts, mesmo que não tenha sido um dos mais explorados. O simples fato dele carregar em seu histórico de moradores alguns dos personagens de maior notoriedade no universo da série já demonstra sua importância. Talvez ainda vejamos muito mais sobre essas ilhas, talvez elas se tornem jogáveis de um modo maior ou mesmo possam vir a se tornar palco de um futuro espetáculo. Bem, só podemos esperar e ver o que o confronto da luz e das trevas enraizado nas "Ilhas do Destino" irá nos mostrar.

Pequeno e simplório, mas com muito a ser explorado ainda.

Revisão: Samuel Coelho