Lá pelo ano de 1992, alguém teve uma grande ideia de fazer os jogadores pensarem na frente de seus computadores. Pensar de um jeito diferente, fazendo com que as coisas simples se tornassem cada vez mais complicadas e, para isso, utilizou-se das tão famosas máquinas de Rube Goldberg. Assim nasceu The Incredible Machine, uma série totalmente inovadora, tanto para época, quanto para os dias atuais, tanto que seu legado perdura até hoje em muitos sucessos atuais. Em 1995, foi lançado The Incredible Machine 3 e é dessa “incrível máquina” que vamos relembrar hoje neste Blast from the Past.
Das tiras de Rube Goldberg às telas do Windows 3.1
Para entender a essência de The Incredible Machine, precisamos conhecer um pouco mais sobre as máquinas de Rube Goldberg. Elas são coisas simples que você faz de um modo complicado, na maioria das vezes utilizando de uma reação em cadeia entre diversos objetos. Provavelmente, você encontra diversas dessas máquinas em boa parte da temática steampunk, aquela em que a tecnologia mecânica a vapor alcançou níveis inimagináveis, equiparando-se a nossa tecnologia atual, com carros, aviões e até robôs. Sim, estou falando daquele emaranhado de engrenagens e outros objetos que você vê em alguns jogos.
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| Uma das originais máquinas de Rube Goldberg |
The Incredible Machine foi a pioneira em trazer estas máquinas para os videogames, fazendo com que os jogadores tivessem de completar e entender os mecanismos que lhe forem apresentados com uma grande gama de objetos. The Incredible Machine 3 ainda trouxe, além de uma interface nova e compatibilidade com o Windows 3.1 (por motivos de informação, ele veio antes do 95), a possibilidade de criar suas próprias fases, ou seja, um modo sandbox que deixaria qualquer Minecraft no chinelo.
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| Tudo isso pra fazer um laser acionar um sensor. Tudo isso! |
Se você ainda não entendeu, é só pensar em jogos que fazem sucesso atualmente e que seguem a mesma premissa, como Amazing Alex, da Rovio e disponível para iOS e Android,em que você deve colocar os objetos para cumprir as missões determinadas por Alex, e LittleBigPlanet, aclamada série da Sony, em que você deve resolver puzzles baseados em leis da física. Dá pra ver que a fórmula faz sucesso e não poderia ter começado melhor que em The Incredible Machine.
A incrível máquina em ação
O jogo contém uma grande gama de fases com máquinas pré-montadas para serem apenas finalizadas com os itens descritos. Porém, por mais que isto pareça fácil, é bem difícil pensar como você vai conseguir determinada coisa com um determinado item. As fases, na verdade, são todas copiadas de The Incredible Machine 2, fazendo o 3 apenas um “port” com gráficos mais bonitos para o Windows 3.1. O jogo ainda trazia um modo multiplayer chamado Head-to-Head no qual duas pessoas competiam para resolver determinado número de puzzles no menor tempo possível.
Entre os objetos disponíveis, você tem bolas, paredes, engrenagens, esteiras rolantes, gangorras, cordas, canos, balões, zeppelins, mesas de sinuca, tesouras, armas espaciais, lâmpadas, latas de tinta, velas, lupas, tachinhas, lanternas, isqueiros, canhões, dinamites, foguetes, bombas-relógio, chaleiras, ventiladores, aspiradores de pó, torradeiras, geradores de energia, motores elétricos, tomadas, painéis solares, lasers, macacos em esteiras (?), cata-ventos, polias, trampolins, placas antigravidade, bumpers de pinball, computadores, caixas, queijos, gatos, ratos, peixes, jacarés e até pessoas! E olha que, tudo isso somado com a criatividade, é mais coisa ainda!
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| Saca só aquele inventário do modo de criação à direita: CARAMBA, QUANTA COISA! |
O modo de criação é bem simples, porém completo, fazendo com que você monte o mais complicado puzzle possível ou faça apenas uma bola entrar dentro de um cesto. As probabilidades são infinitas, assim como a diversão nesse jogo. Não perca a oportunidade de desenterrar esse jogo e quebrar a cabeça para montar as máquinas de The Incredible Machine 3!
Revisão: Catarine Aurora
