Até o momento, temos as ótimas contribuições do Pedro Vicente, do Ailton Bueno, do Farley Santos e do Renan Greca para vocês se deliciarem com várias opções do que valeu a pena experimentar esse ano. Mesmo que eu não tenha experimentado muitos títulos AAA esse ano e alguns outros ainda que estou esperando ansiosamente para jogar, tenho algumas pérolas para compartilhar com vocês, caros leitores. Espero que gostem!
Book of Demons (PC)
Uma das grandes surpresas que tive esse ano foi ao experimentar o Early Access desse título. O primeiro do projeto da Thing Trunk batizado de Return 2 Games é um RPG no estilo hack ’n’ slash que lembra bastante a série Diablo, mas possui acréscimos interessantes que o tornam viciante e complexo. O jogo possui mecânicas de Deck Builder no lugar dos tradicionais equipamentos, tem uma boa variedade de inimigos e o nível de desafio pós “modo história” é muito gratificante.Depois que testei ele e fiz uma matéria aqui para o site, o jogo ainda atualizou e agora tem disponível mais uma classe: Mago, com mais 30 cartas diferentes para utilizar e novas mecânicas de combate solo. Em 2017, a empresa já tem agendado o lançamento da terceira classe, Rogue. O jogo é um dos meus favoritos do ano por conta da sua nostalgia e simplicidade, que retomam a sensação de jogar lá o primeiro capítulo de Diablo. Mas mesmo com essas referências, o game ainda anda com as próprias pernas, possui diversos conteúdos colecionáveis e conquistas para destravar, e a mecânica de geração aleatória de masmorras, tudo o que eu mais gosto em jogos desse gênero.
Planar Conquest (PC)
Outra grata surpresa de 2016, Planar Conquest é um jogo de estratégia baseado em turnos que segue o conceito dos jogos do tipo “4x” (eXplore, eXpand, eXploit, and eXterminate). Essa mecânica inova a experiência em turnos e modifica bastante a dinâmica e a estratégia do jogo. Mesmo que o título não seja perfeito, seus pontos positivos são muito bons e sua complexidade é surpreendente. Possui uma grande quantidade de raças, diversas unidades diferentes para utilizar e sete planos diferentes para construir seu reino, fazendo alianças, dominando inimigos, explorando locais “abandonados” e superando desafios proporcionados por cada plano. Em cada partida criada é possível escolher quantos planos estarão presentes, assim como o tamanho de cada um e a organização de terreno (ilhas, continente único, etc).Essa enorme quantidade de opções, somada a um sistema de batalha baseado no sistema D20 para RPG de mesa, uma ambientação muito boa na fantasia medieval e a uma quantidade de raças variadas e com boas diferenças da maioria dos jogos desse tipo torna esse um dos meus títulos favoritos desse ano. Claro que a base disso tudo é uma excelente mecânica de estratégia que te faz realmente pensar em cada movimento tanto durante as explorações como também durante os combates!
Shadow Warriors 2 (Multi)
Lançado há pouco mais de um mês, a continuação do polêmico FPS me agradou bastante! O trabalho que a Flying Wild Hog fez com o produto abandonado pela 3D Realm foi muito animado, com excelentes mecânicas de combate e uma história até interessante para um jogo do gênero. Aqui você controla o mercenário Lu Wang, que eu cismo em comparar como personagem de quadrinhos Deadpool por sua semelhança de humor e habilidades. O que agrada muito em Shadow Warriors 2 é a jogabilidade rápida e fluida, a grande quantidade de armas e a liberdade para usá-las da forma mais violenta que você conseguir, a grande variedade de inimigos em hordas, tornando os combates épicos, e isso tudo com excelentes efeitos visuais e ótima trilha sonora.O jogo ainda possui uma opção multiplayer cooperativa bem fácil de usar e um fator replay considerável visto que é praticamente impossível utilizar todas as armas do game de forma satisfatória jogando apenas uma vez a campanha de cerca de 16 horas de duração. Por conta do humor convincente e dessas excelentes mecânicas de combate e grande variedade e criatividade de equipamentos, Shadow Warriors 2 se tornou o meu FPS favorito desse ano. Mesmo que Doom (Multi) tenha chegado muito perto disso também, a história das desventuras de Wang me convenceram mais. Fazer o que né?
No Man’s Sky (PC/PS4)
Sim, é sério, eu gostei do jogo! Esse aí deu o que falar esse ano. E em meio a tantas polêmicas entre o hype e falsas promessas, e diversos pontos negativos que eu concordo que o jogo tenha, eu me diverti jogando! É ótima a sensação de explorar planetas, viajar entre sistemas sem uma tela de carregamento, adentrar na atmosfera e voar de forma mais realista, comprar naves maiores, coletar recursos, e mapear fauna, flora e alguns outros elementos. Tudo isso me fez jogar por horas e mais horas, e, mesmo que o jogo tivesse diferenças do material divulgado para o produto final, ainda gostei bastante desse produto final.Ainda não tive a oportunidade de experimentar a grande atualização que o jogo recebeu, permitindo a construção de bases nos planetas de forma mais livre, mas, se com o conteúdo base eu já me diverti pra caramba, imagina quando finalmente puder sentar e construir minha própria base com mercado e diversas outras coisas. Fora que temos agora também o modo sobrevivência, bem mais desafiador que o original. Por tudo isso e principalmente pela capacidade de contemplação da grandeza do universo que esse jogo me propiciou de forma tão singular, considero ele um dos meus favoritos de 2016.
The Greedy Cave (Android/iOS)
Fazia tempo que um jogo para smarthphones não me deixava tão engajado como The Greedy Cave me deixou! Esse excelente título lançado no primeiro semestre deste ano é um RPG e Dungeon Crawler adaptado com grandiosa maestria para o uso em celulares. Nele você controla o seu personagem ao longo de masmorras geradas aleatoriamente com o intuito de coletar materiais, vencer monstros e passar de níveis. Com uma dinâmica excelente, visuais caricatos que lembram muito o jogo Don’t Starve (Multi) e bastante conteúdo que garante horas de jogatina, esse título é um dos melhores RPG mobile já lançados.Por conta de ter conseguido me deixar preso à tela do meu smarthphone por horas e mais horas, sua criatividade e belíssimo trabalho visual e sonoro, eu considero esse um dos melhores jogos do ano e, obviamente, entrou na minha lista de favoritos com toda a glória. Uma pena que meu aparelho foi danificado por motivos externos e agora estou sem poder jogar essa belezinha. Mas um dia retorno às masmorras para chegar finalmente ao Nightmare.
Osiris: New Dawn (PC)
Na onda de No Man’s Sky, vários outros títulos de exploração espacial foram lançados esse ano. Esse daqui é um deles, ainda em Early Access, e me atraiu bastante. Osiris: New Dawn não é tão extenso em exploração como o título da Hello Games, mas tem artifícios de sobrevivência e mecanismos de crafting muito mais complexos em contrapartida. No jogo, você é um astronauta que caiu em um planeta desértico que lembra bastante Marte e precisa estabelecer uma base e sobreviver ali. Visual e trilha sonora do jogo são fantásticos, assim como também as criaturas e possibilidades de construção de veículos e bases. Fora isso, o seu personagem tem sede, fome e estado psicológico. Tudo controlável por mantimentos específicos. Além de materiais básicos como carbono e ouro, o jogo também disponibiliza gases para serem coletados através de atividades vulcânicas e a produção de elementos complexos como microchips e cabos de alta tensão.O que No Man’s Sky começou a causar em mim esse ano, Osiris: New Dawn completou. Mesmo que a exploração espacial não seja tão grande quanto a do primeiro jogo, Osiris possui um detalhismo do planeta que é de se invejar. Esse mês o jogo recebeu uma grande atualização e agora, além do planeta desértico semelhante a Marte e a base espacial em sua órbita, os jogadores poderão explorar também um outro astro próximo nesse sistema, completamente congelado. Essa semana mesmo pretendo preparar minhas malas e zarpar em mais uma aventura espacial!
Rive (PC/PS4)
A maior surpresa que tive esse ano! Rive me agradou num nível que há anos um jogo não me agradava. Joguei ele no PS4 e suei o controle diversas vezes lutando contra as hordas de máquinas que apareciam na tela. Um dos melhores Bullet hell que já joguei! Ele combina com precisão a jogabilidade dos jogos de plataforma com o gênero de tiro desenfreado que ficou conhecido com franquias como Metal Slug. O que mais chama atenção em Rive são seus controles fluidos e sua jogabilidade extremamente rápida, o que aumenta aos poucos a carga de adrenalina do jogador, fazendo com que os seus movimentos se tornem cada vez mais instintivos. O fator interessante do jogo é que seus controles possibilitam essa resposta instintiva e rápida, tornando a jogatina ainda mais divertida.
Coloquei esse jogo por último por realmente me surpreender bastante. O gênero bullet hell é um dos meus favoritos junto com RPG e estratégia em suas variações. Mas, ao contrário desses dois últimos, fazia tempo que não jogava um título desse gênero acelerado que realmente me agradasse como Rive me agradou. Sua história é simples e hilária, suas mecânicas muito agradáveis, sua trilha sonora ativa assim como a jogabilidade e seus efeitos visuais estonteantes! Recomendo mil vezes!
Menções Honrosas
Aqui eu gostaria de falar de três títulos que não foram lançados em 2016, mas que eu experimentei pela primeira vez esse ano e me agradaram tanto como se eu tivesse jogado eles em seu lançamento. Começando do mais antigo, a promoção da Black Friday do Steam me garantiu um presente de natal antecipado e, com ele, pude experimentar depois de anos o título Star Wars: Knights of the Old Republic (PC/XB). Fico feliz em dizer que mesmo depois de mais de dez anos do lançamento do título, ainda pude me divertir muito com ele, um RPG de primeira ambientado em uma das franquias que eu mais gosto.
A próxima das menções já é bem mais nova, Digimon Adventures (PSP). O título lançado somente em terras orientais para o antigo portátil da Sony em 2013 me surpreendeu muito. O jogo reconta a história do primeiro anime da franquia totalmente adaptado para um RPG baseado em turnos que lembra bastante Final Fantasy em alguns pontos. O fato é que a fidelidade com o material original e a qualidade do jogo agradam muito e garantem boas horas de diversão!
Por último, mas não menos importante, temos Middle-earth: Shadow of Mordor (Multi). O game lançado em 2014 é simplesmente incrível! Como fã do universo criado por Tolkien, é muito bom ver uma história tão bem contada através de uma mídia que eu gosto tanto. Em Shadow of Mordor controlamos um humano amaldiçoado e um Elfo ancião que se unem para destruir as forças de Mordor. A jogabilidade combina a exploração de Assassin’s Creed e as mecânicas de combate da série Arkham do Batman. Entretanto, apresenta melhorias em ambas. Fora isso, a liberdade de explorar e conhecer Mordor, somadas às novíssimas técnicas de evolução dos Orcs, fazem o jogo fluir de forma incrível.
Mesmo que esses três títulos sejam mais antigos, acho válido constarem honrosamente nessa lista por conta do divertimento que eles me propiciaram esse ano, além da qualidade ímpar de todos os três.
E vocês leitores e leitoras? Quais títulos que jogaram esse ano vocês podem dizer que foram marcantes a ponto de poderem ser considerados os melhores do ano para vocês? E o que acharam da minha lista pessoal? Não deixem de comentar!
Revisão: Arthur Maia