Uma nova esperança
OK, eu vou ser justo. Eu também fui iludido. Não só eu como milhares de jogadores ao redor do globo. Cada vez que a DICE dava uma amostra do que teríamos dentro de alguns meses, a ansiedade na comunidade gamer (e fãs de star wars) crescia exponencialmente. Claro que durante esses lançamentos tivemos algumas péssimas notícias (falaremos mais delas em breve) mas no geral tudo levava-nos a crer que a DICE faria aquilo que esperávamos: renascer uma das franquias mais amadas da história logo com um jogo que poderia ser o melhor de Star Wars já feito.Então, veio o lançamento. E, sejamos sinceros, todo mundo ficou maravilhado com o que viu. Nós mesmo do GameBlast analisamos o título e o agraciamos com uma excelente nota. E não pensem que o redator estava errado. Logo que você tem Battlefront nas mãos, é impossível não se impressionar com parte do trabalho feito pela DICE.
Com uma ambientação fantástica, jogabilidade fluida e bem feita (herdada do seu “irmão espiritual” Battlefield) e efeitos sonoros que, esses sim, são os melhores já feitos em qualquer jogo de Star Wars, Battlefront é uma excelente experiência para quem gosta de FPS ou gosta da icônica franquia de George Lucas. Era simplesmente impossível não se empolgar com os diferentes mapas, recriados de forma perfeita, e com os diferentes heróis e vilões do jogo. A verdade é que Battlefront é um dos melhores jogos que joguei… por dez horas.
O império contra-ataca
Lembram-se das péssimas notícias que foram dadas durante os trailers mas que escolhemos, em parte, fecharmos os olhos? Então… depois de algumas horas de jogo elas começam a mostrar que na verdade, a pior faceta de Battlefront sempre esteve bem a nossa frente: a falta de conteúdo.A verdade é que a DICE fez um excelente trabalho e entregou um ótimo produto. O grande problema reside no fato de que o produto que nos foi entregue, ótimo e digno da expectativa que foi criada, não é nem de perto um jogo completo. A ausência de um modo campanha (um dos trunfos dos primeiros jogos da franquia) e de batalhas espaciais (modo favorito de muitos fãs) tornou o game extremamente repetitivo.
Nem as batalhas aéreas conseguem salvar o jogo |
No geral todas as partidas de Battlefront parecem iguais, e tive a chance de atestar isso essa semana, ao jogar o game mais uma vez depois de mais de dois meses parado. Não há grande variedade no gameplay, mesmo quando algum veículo é utilizado, independente do mapa ou modo de jogo (à exceção dos modos focados em heróis).
O retorno do jedi
A verdade é que mesmo com os DLCs (obviamente pagos) esse problema dificilmente será resolvido. E os jogadores começam a perceber isso, sendo cada vez mais difícil achar partidas (no meu caso no servidor europeu) em modos de jogos que não são tão tradicionais (leia-se Walker Assault e Supremacy).O que nos resta é esperar que no próximo título (que muito provavelmente deve ser anunciado pela EA até o final do ano que vem) consiga suprir esse “buraco” que o seu antecessor teve. Embora um modo campanha (ou algo semelhante ao Galatic Conquest presente em Battlefront 2) já fosse uma grande adição, o sucesso do próximo título passa por um ponto fundamental: a trilogia original.
Quem não gostaria de recriar essa batalha? |
O despertar da força
A verdade é que Battlefront, para mim, foi uma grande decepção. Mais uma vez: não é que o jogo seja ruim, pois ele não é. Mas é triste ver um projeto com um potencial absurdo ser tão mal explorado por pressa ou por motivos comerciais. O que nos resta é esperar que, no próximo título da nova franquia, EA e DICE aprendam com os erros do passado e façam um jogo digno de toda a expectativa que nós, jogadores e fãs de Star Wars, temos em Battlefront.
Revisão: Bruno Alves