Para te ajudar, a equipe do GameBlast vai te contar quais os jogos horripilantes que escolheriam para comemorar o dia das bruxas. Confira:
Nicolas Tavares
Nada melhor para comemorar um dia sombrio do que colocar um fone de ouvido e jogar Fatal Frame 2: The Crimson Butterfly (PS2), para mim o melhor da série. Adoro o primeiro Fatal Frame também e é sensacional o fato dele usar a mansão Himuro, uma localidade real e que tem a fama de ser assombrada. No entanto, o segundo jogo me atrai mais pelo seu tema mais sombrio. Você procura por sua irmã gêmea em um vilarejo, enquanto descobre que os moradores faziam um ritual para impedir que os mortos ressuscitassem. Nesse ritual, uma irmã mata sua gêmea. E o final considerado canônico não é um final feliz. Basta ouvir o tema original do jogo (Chou, cantado por Amano Tsuki), que me arrepio e dá vontade de jogar novamente. Vale a pena pegar na PSN, achar uma cópia do Xbox original para rodar no Xbox 360 ou jogar o remake para o Wii.Alberto Canen
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Rodrigo Casagrande
Silent Hill 2 (PS2), sem dúvidas. O mais assustador da série na minha opinião, o jogo torna-se cada vez mais sombrio conforme você vai descobrindo o porquê de muitas coisas acontecerem e até mesmo o tipo de inimigos que você encontra… tudo está relacionado com James Sunderland e o seu passado sombrio. Andar pelas ruas, apartamentos, hospital, hotel… tudo ao som de coisas se arrastando, gemidos contidos e uma trilha sonora que vicia e deprime ao mesmo tempo. Conhecer os personagens, descobrir o fraco de cada um, ver como terminam suas vidas...até chegar ao grande final e descobrir que o maior vilão do jogo é o próprio James! Simplesmente sensacional. Um jogo para qualquer época do ano, mas que ganha uma pitada maior de horror ao ser jogado no Halloween.Gabrielle Mustafa
Eu admito com todas as letras que sou uma grande medrosa. Só de pensar em jogar um Fatal Frame (PS2) já me dá pesadelos, por exemplo. Por isso, minha recomendação é só um mini survival horror: Lone Survivor Director’s Cut (PC). Mas não se deixe enganar pelos gráficos pixelados em 2D: viver na pele do protagonista pelas poucas horas do jogo pode lhe deixar bem tenso ao pensar o que o próximo corredor escuro está escondendo. Tentar desvendar o que aconteceu com a cidade totalmente abandonada e o passado confuso do seu personagem enquanto se vira com pouquíssimos mantimentos e balas chega a ser agonizante às vezes! Além disso, dependendo das suas escolhas e de como você cuida da saúde do protagonista, você tem cinco finais diferentes, todos bem interessantes. Abra sua mente e encare a viagem psicológica desse indie, de preferência numa sala escura e com fones de ouvido, como o jogo recomenda.Daniel Serezane
Apesar de já ter aparecido duas vezes nesta lista, não poderia deixar de citar Silent Hill (PS), o primeiro e clássico. Ainda me lembro da primeira vez que joguei: deveria ter uns oito anos ou algo próximo. Estava na casa de um amigo, e nós estávamos jogando Star Wars: The Force Unleashed, até que ele veio com a ideia de colocar um tal de Silent Hill. Disse que era um joguinho de terror, mas nada de mais, que nem dava medo. Então, eu joguei.No início, não era nada demais, com exceção da música inicial que já me deixou com “um pé atrás”. Mas, conforme íamos avançando, o jogo ia ficando cada vez mais bizarro, até que simplesmente desisti de jogar e voltamos para o Force Unleashed.
Só fui zerar o jogo anos depois, e então percebi o quão genial ele era. Isso incluía toda a analogia em relação aos monstros, com uma história muito bem construída, e com uma jogabilidade decente para a época. Além disso, o jogo tem uma trilha sonora impecável que apenas aumenta o seu nível de qualidade. Com certeza o melhor jogo de terror que já joguei, seguido do já citado Silent Hill 2.
July Dourado
Pedro Vicente
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Agora, para quem quiser curtir um jogo um pouco mais antigo, não posso deixar de recomendar Shadow Hearts (PS2), um JRPG ambientado em uma realidade alternativa no início do século XX que se apoia na magia e no oculto para trazer uma história um pouco mais macabra que de costume no gênero. Certos mapas são aterrorizantes, e mesmo o uso das cores no jogo traz um tom soturno. Para quem quer conhecer, é o primeiro título de uma excelente série que conta com duas continuações, também no PlayStation 2.
Thiago Caires
Pouca coisa me põe medo nesse mundo, então acho que a melhor forma de comemorar o Halloween é aproveitar o lado mais festivo da data, de preferência com um bom clássico da Konami e LucasArts para o Super Nintendo e Mega Drive: Zombies Ate My Neighbors. Pense em um apocalipse não só de mortos-vivos, mas de diversas criaturas vindas diretamente dos mais populares contos e filmes de terror, no qual seu papel como um jovem descolado é resgatar as tradicionais presas desses monstros, como o velho casal de turistas sem noção e a líder de torcida desligada e feliz. Para os que querem tensão, escapar de três cópias de Jason Voorhees em um labirinto, quando tudo que lhe resta é uma vida e um personagem a ser salvo, deve satisfazer esse desejo.Douglas Marciano
Se tinha um jogo que me fazia borrar as calças de tanto medo, este jogo era Resident Evil 3 (PS). Na verdade, durante a minha infância, todos os Resident Evil lançados até então me davam medo, mas Resident Evil 3 com seu Nemesis era aquele que conseguia fazer eu pular da cadeira. Jogos de terror não costumam dar medo, eles dão sustos, e não há nada pior do que você se assustar jogando video games, principalmente se tem algum amigo ou parente de atazanando. Para comemorar este Halloween, vou de No More Room in Hell (PC), um jogo de tiro em primeira pessoa com muitos zumbis, sangue e sustos.Luiz Roveran
Pode parecer um jogo meio brega para a geração de hoje, mas Phantasmagoria (PC) é um título fundamental para entender a estética do horror nos games. É muito interessante revisitar um FMV lançado em 1995 e ver como a indústria da época encarava bem a ideia de usar atores reais em jogos eletrônicos. O game teve uma produção cara e foi um dos ápices de um gênero que só voltou a ser revisitado recentemente. Na minha opinião, acho um barato como os desenvolvedores colocaram muitas encenações com conteúdo adulto para um entretenimento que ainda era acessado primariamente por menores de idade. Vale a pena jogá-lo no Dia das Bruxas, tanto por seu valor enquanto jogo eletrônico quanto arqueológico.
Revisão: Jaime Ninice
Capa: Felipe Fabricio