O título aposta numa jogabilidade frenética no maior estilo Hack’n’slash, contando com power ups e classes de personagens para variar suas jogadas. No jogo, durante o acesso antecipado, há seis classes jogáveis, sendo algumas delas desbloqueáveis apenas após completar certos requerimentos. Confira o trailer:
Premissa simples e divertida
Dungeon Souls funciona da seguinte forma: escolha seu personagem (possui atributos e habilidades diferentes), selecione a dificuldade (fácil, normal e infernal) e desbrave os calabouços coletando power ups, enquanto procura uma saída. Ao iniciar, o jogador se encontra imediatamente dentro de um nível gerado de forma “aleatória” (procedural) e deve ativar cinco runas no mapa para que um portal levando para o próximo andar seja aberto. Ao avançar quatro andares, o jogador enfrenta um chefe e passa para o próximo cenário.O jogo no momento possui apenas quatro tipos diferentes de cenários e vários inimigos entre eles. Então quando o jogador derrotar o último chefe disponível, será levado novamente ao calabouço inicial e terá de repetir tudo de novo com uma dificuldade maior, até morrer. Ou seja, o jogo continua infinitamente, vendo até onde o jogador consegue chegar.
Altos e baixos
Ao jogar tive alguns sentimentos conflitantes: enquanto achei que o jogo possui um jeito e atmosfera própria, principalmente pela pixel art (que é excelente), a falta de conteúdo atual e balanceamento me deixaram um pouco confuso. Quero dizer o seguinte: na arte, animações e design em geral, o jogo acerta muito bem. É muito divertido derrotar hordas e hordas de inimigos enquanto está desbravando os calabouços, mas alguns inimigos são muito rápidos e certas classes muito lentas, passando a sensação de que você está fazendo alguma coisa errada.E é aí que o problema de balanceamento entra: as classes são bem diferentes em suas habilidades e estilo de jogo, mas algumas acabam sendo mais fortes e versáteis que as outras. Por exemplo: enquanto eu jogava com a classe “guerreiro”, demorava muito até me aproximar dos inimigos e por conta dos seus ataques lentos, derrotá-los era muito pior do que com digamos, um arqueiro ou ladino.
Dungeon Souls e toda sua glória em pixels |
O jogo não me encorajava a usar classes corpo a corpo, primariamente pela falta de movimentos que me ajudassem a derrotar muitos inimigos tão bem quanto outros personagens. Muitas vezes quando encontrava monstros que atacavam apenas à distância, até eu me aproximar já tinha perdido muita vida e no próximo embate, já estava na tela inicial. Sendo nos chefes, pior ainda. O que não aconteceria com frequência se eu estivesse usando personagens de longa distância. A vantagem é que eles são mais rápidos e tem mais ataques de controle de multidão, o que faz a pequena diferença de dano importar menos ainda.
Muito promissor
Por ainda estar em Acesso Antecipado e caracterizar um jogo incompleto, é esperado que muitas mudanças aconteçam para variar e melhorar a jogabilidade, que mostrou ter muito potencial de diversão. O cuidado com as animações e visuais são notáveis, e se provarem que conseguem fazer o mesmo com a jogabilidade de certas classes, o jogo sem dúvidas será muito divertido, viciante e recompensador quando estiver completo.Os desenvolvedores, em sua página no Steam, já disseram que futuras adições irão dinamizar e também ajustar o conteúdo do jogo. E na lista delas estão um Modo Multijogador, novos inimigos com habilidades especiais, mais power ups, níveis, personagens jogáveis e mais. Muito animador e principalmente, promissor.