Ao ser demonstrado na conferência da EA, apesar de gerar curiosidade, o jogo foi recebido como “outro Yoshi’s Wolly World ou LittleBigPlanet”, mas a verdade é que Unravel se mostrou muito além de uma simples “cópia” dos exclusivos da Nintendo e da Sony. Com um dos protagonistas mais simples que a atual geração viu, o jogo consegue mostrar cada sentimento no coração de lã de Yarny, seja medo, dúvida, alegria ou solidão.
Desenrolando uma aventura
A demo disponível para testes na E3 2015 mostra o começo da história do jogo, quando uma senhora solitária ajeita a foto de uma criança na parede de casa e, ao subir a escada, derruba um novelo de lã vermelho, de onde nasce nosso novo amigo. Yarny sai pelo jardim se aventurando entre árvores e vasos, enquanto o jogador aprende os controles, que consistem basicamente em lançar pedaços de lã, escalar ou descer de grandes alturas e amarrar-se em alguns pontos estratégicos. A combinação de comandos também ajuda o personagem a realizar ações simultâneas, como lançar a linha e amarrá-la em algum ponto.Ao contrário do que se possa pensar, Unravel não é feito apenas de fases ensolaradas e coloridas: a segunda parte da demo disponibilizada mostrou outra face do jogo — um ambiente chuvoso, escuro e assustador, com desafios um pouco mais complexos que na parte anterior, o que mostra a alternância de dificuldade durante a aventura.
Por usar sua própria lã como ferramenta, é necessário ficar atento: você pode ficar preso em alguma parte do jogo por falta de linha, o que torna necessário voltar e buscar, muitas vezes em lugares escondidos, pedaços de lã para “emendar” em seu próprio corpo; estes ainda servem como check points, caso você cometa algum erro e morra.
Os desafios vão desde uma simples escalada entre galhos de árvores até criar uma rampa para transportar frutas até a água, para evitar que nosso herói se molhe. Enquanto avançamos no trajeto, vemos cenas (talvez memórias?) que afetam inclusive o humor de Yarny.
Em apresentação feita antes do teste da demo, Jakob Marklund, um dos produtores, explicou que acreditam que videogames são feitos para serem jogados, e não assistidos. “O jogador precisa ter o controle do que se passa na tela. Não queremos fazer jogos cinematográficos, e é por isso que poucas vezes temos cutscenes durante o gameplay de Unravel”.
Se amarre!
Unravel tem grande potencial para ser um dos maiores jogos da atual geração, se destacando dos jogos que já estamos acostumados, que unem muita ação e agilidade. As aventuras do bonequinho vermelho exigem muita prudência e sensibilidade antes de uma ação. É impossível passar pelo jogo sem sentir um aperto no coração nos momentos de tristeza de Yarny ou alívio ao ver a alegria no rosto do pequeno. A demo que testamos foi rodada no PlayStation 4, mas o jogo já foi confirmado também para o Xbox One e PC, ainda sem data de lançamento oficializada.
Capa: Guilherme Kennio