Edward Kenway: um pirata por natureza e um assassino por vocação

Yo ho ho, um garrafa de rum, uma hidden blade e muitas riquezas para pilhar!

em 04/10/2014

Ele não é tão sábio quanto Altair, nem tão carismático quanto Ezio, mas é um personagem muito importante no mundo virtual onde Assassinos e Templários lutam pelo destino do mundo e da humanidade. Ele é o avô do destemido Connor Kenway e um jovem que seria conhecido com o o terror dos mares do Caribe. Vamos explorar mais a fundo a história de Edward Kenway, um pirata que se envolveu em uma batalha secular e descobriu que não somente era um lobo do mar habilidoso mas um assassino mortal também.

Uma lenda dos mares

Segundo os registros históricos da Abstergo Entertainement, Edward James Kenway nasceu em 1693 na Inglaterra e, muito cedo, se juntou à Marinha Real Britânica. Infelizmente, o jovem britânico não permaneceu sob os olhos da Rainha por muito tempo, pois a promessa do fim da Guerra Espanhola, com ouro e fama para alguns poucos sortudos, empurrou o coração de Edward para o mundo da pirataria. Sua alma ansiava por liberdade e uma vontade de conhecer o mundo batia cada vez mais forte em seu peito.
Só amor não põe comida no prato. E Edward sabia que estava na hora de faturar na vida.


Mas antes de partir nessa aventura marítima, Edward se casou aos dezoito anos com a bela Caroline Scott. O casamento infelizmente não ia muito bem, já que o jovem impetuoso não conseguia arranjar um emprego fixo e o casal vivia uma situação financeira complicada. Apesar das recusas de Caroline, Edward decide partir para o  Novo Mundo e se juntar a um grupo de piratas, vendo que essa seria a única solução para terem uma vida tranquila. Caroline o deixa pouco antes de sua partida para viver com os pais e Edward embarca em uma nova jornada com o coração partido.
Os vários anos ao lado de piratas rendeu ao jovem britânico várias tatuagens pelo corpo.


A aventura pirata de Edward começa na Jamaica em 1712. Sob o comando de Benjamin Hornmigold, o jovem aprendeu vários aspectos da vida de pirata e obteve alguns lucros com saques. A vida boa terminou cerca de três anos depois quando o navio de Edward atacou uma pequena embarcação e levou a pior. Ele quase morreu no naufrágio dos dois navios, mas conseguiu nadar até a ilha mais próxima, Cabo Bonavista. Lá, ele conheceu outro sobrevivente do desastre, um assassino chamado Duncan Walpole. Este personagem oferece ao jovem pirata uma passagem para Havana, porém um desentendimento entre os dois acirra os ânimos.
Edward era um exímio nadador e não se importava que tivesse que buscar ouro no fundo do mar, se fosse o caso.


Depois de uma corrida frenética pela selva da ilha, Edward acaba lutando e matando Walpole. Além de ficar com seus pertences, ele rouba o traje do assassino e dali por diante se passa por ele. Uma carta no bolso de Walpole revelava que ele pretendia se encontrar com o Governador Laureano de Torres y Ayala de Havana e se juntar a Ordem dos Templários. No fim, Edward fez um bem para a humanidade. E é graças a essa carta que, ao chegar em Havana, Edward consegue se infiltrar na reunião dos Templários e descobrir que o grupo estava atrás de outro artefato da Primeira Civilização, o Observatório. Laureano acreditava que se eles obtivessem o dispositivo, teriam o controle de todo o mundo.
Sem muitas papas na língua, Edward sempre foi mais de agir primeiro e pensar depois.


Edward, na verdade, não ligava para toda essa história de assassinos, templários ou observatório. Seu objetivo era ganhar dinheiro, e rápido. O problema é que o disfarce dele cai por água a baixo quando ele tenta libertar o Sábio das mãos dos templários, um indivíiduo com conhecimentos da Primeira Civilização, e o grupo descobre que ele era apenas um pirata. Edward pretendia usar o conhecimento do Sábio para vender a localização do Observatório ao melhor preço.
Admita, nunca um traje de assassino combinou tão bem com um pirata!


Quase virando escravo no fundo de uma embarcação suja, Edward consegue fugir de sua prisão com a ajuda de um habilidoso escravo e futuro amigo, Adewale. Juntos, eles libertam outros prisioneiros e em pouco tempo conseguem um simples, mas poderoso navio, o Jackdawn. Edward só tinha um objetivo em mente agora: juntar mais membros para sua tripulação, melhorar seu navio para batalhar, saquear e encontrar o Observatório, custasse o que custar.
Adewale e Edward se tornaram grandes amigos e uma dupla quase invencível por trás do timão de um navio.

Liberdade, acima de tudo

Aos poucos, o capitão Edward Kenway se torna uma lenda nos mares do Caribe. Ele faz contatos com piratas importantes e ao mesmo tempo em que cria novas amizades, como o famoso Barba Negra, também surgem mais inimigos pelo caminho. Passando por lugares como Nassau e outras ilhas, que seriam verdadeiros paraísos não fosse pela presença de tropas inglesas a serviço dos Templários, Edward vai obtendo cada vez mais informações a cerca de seus verdadeiros inimigos. É na ilha de Tulum que ele finalmente conhece a Ordem dos Assassinos e descobre que eles também estavam em busca do Observatório com o objetivo de protegê-lo dos Templários.
Edward Tatch, o famoso e temido Barba Negra confiava nas habilidades de seu xará. Mesmo assim, acreditva que a vida nos mares não era o que o jovem realmente desejava.
A princípio, Edward não fica muito entusiasmado com os ideais dos Assassinos. Para ele, essas pessoas eram similares aos piratas, só que mais educadas e organizadas. Ele concordava com seus princípios de igualdade e liberdade, mas mesmo assim preferia fazer as coisas da sua maneira. Embora recusasse o  convite para se juntar à Ordem, ele concorda em ajudar seus novos companheiros enquanto aprende algumas novas técnicas para rastrear, caçar e destruir seus alvos. Partindo de Tulum, ele vai em busca de vários alvos Templários enquanto continua a conquistar fama de o grande pirata dos mares.
"Tudo é permitido? Eu gosto do som disso. Falando como eu gosto, e agindo como me dá vontade."
- A interpretação de Edward sobre o credo da Ordem dos Assassinos.

Sem saber para que lado seguir ou por quem ele deveria lutar, Edward apenas continou seguindo em frente.


Depois de muitas mortes, inclusive do bravo Barba Negra, e vários mistérios resolvidos, Edward finalmente consegue obter a localização do Observatório, situado em uma ilha da Península de Yucatan. Passando com muita dificuldade pelos nativos que protegiam o local, Edward descobre o verdadeiro poder do Observatório. A instalação possuíia um acervo gigantesco de pequenos cubos de vidro com gotas de sangue de indivíduos da Primeira Civilização. Ao inserir um desses cubos em uma bizarra caveira de Cristal e ativar a máquina, era possível ver e ouvir tudo que a pessoa portadora desse sangue estava vivendo. Um dispositivo inestimável, poderoso e perigoso nas mãos erradas.
Apesar de achar que tudo era bruxaria, Edward sabia que o poder do Observatório nas mãos erradas era perigoso demais.


Infelizmente, Edward tem pouco tempo para apreciar a máquina, pois Brartolomeu Roberts trai o pirata e desaparece com a caveira de Cristal. Depois disso, a situação do nosso intrépido pirata só piora. Escapando com muita dificuldade do Observatório, ele é capturado e quase acaba enforcado pelo governo caribenho mas, depois de vários problemas, ele consegue escapar de sua prisão e retorna ao comando de seu navio. Ele parte sem demora de volta ao Observatório somente para descobrir que Laureano planejava utilizar todo o poder da máquina.
Quando finalmente desfere o golpe fatal em Laureano, Edward se dá conta de seus verdadeiros ideais e sentimentos.

O descuido do Grão Mestre templário ativa os mecanismos de defesa da instalação e quase mata Edward. Contudo ele consegue driblar os desafios e finalmente põe um fim nas ambições de Laureano. Antes de deixar o prédio em ruínas, ele descobre uma carta nos pertences do templário. Estava endereçada a Edward e lhe dizia que Caroline havia morrido a dois anos atrás, deixando uma filha dos dois, chamada Jennifer, sozinha.
A vida de pirata ou o caminho dos Assassinos?


Sabendo o conteúdo da carta, Edward não perdeu tempo e solicitou que Jennifer fosse enviada para o Caribe. Finalmente conhecendo sua filha, ele percebe que não existe mais nada para ele no mundo da pirataria e a Ordem dos Assassinos não era o lugar apropriado para uma criança viver. Ele volta com Jennifer para a Inglaterra e depois de muitos problemas, ele conhece a adorável Tessa, que lhe ajuda a se estabelecer financeiramente e lhe dá um segundo filho, Haytham. É impressionante como ele consegue se passar por um cidadão normal mesmo dentro de uma ópera com sua família, mas, por dentro, o coração de um pirata assassino ainda vibrava.
Suas aventuras nos mares do Caribe nunca seram esquecidas, mas já é hora desse cavalheiro descansar um pouco.


Revisão: Catarine Aurora
Capa: Diego Migueis

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