Análise: Rayman Jungle Run (Mobile) é uma louca e divertida corrida pela selva

Mantendo o estilo 2D que consagrou Rayman nos consoles, Jungle Run é divertido e desafiador na medida certa.

em 03/08/2014

O mercado mobile está cada vez mais concorrido. A fácil acessibilidade e quantidade de usuários de dispositivos móveis permitiram com que pequenos estúdios disponibilizassem inúmeros aplicativos e jogos nas lojas virtuais. Entretanto, esse mercado também tornou-se atrativo para as grandes empresas de games.


A Ubisoft, famosa por produzir grandes títulos para consoles e videogames portáteis, levou suas franquias para esse concorrido terreno e até mesmo sua mascote não ficou de fora. Rayman Jungle Run faz bonito e mostra que é um dos melhores jogos para dispositivos móveis.

Run Rayman, Run!

Jungle Run mantém o estilo que consagrou Rayman Origins como um dos melhores jogos de plataforma dos últimos anos, porém com adaptações para se encaixar perfeitamente ao universo mobile. Esqueça as fases extensas e elaboradas da franquia, pois Jungle Run traz uma proposta mais light, mas ainda mantendo a essência e bom humor de Rayman.

O título é dividido em sete mundos focados em habilidades do próprio Rayman. São eles: Saltar, Voar, Corrida no muro, Socar, Miscelânea, Navio Pirata e Planta Gigante. Os quatro primeiros são voltados para os movimentos primários de Rayman, enquanto os restantes mesclam todas as habilidades em áreas temáticas. Cada mundo possui dez fases que são desbloqueadas conforme você vai completando-as na ordem. Mesmo para aqueles que não são tão habilidosos, Jungle Run oferece a possibilidade de desbloquear todos os estágios no jogo para os jogadores desfrutarem, sem a obrigação de superar os níveis.


As fases são curtas e duram em torno de 30 a 60 segundos, adaptando-se bem à proposta mobile, e o objetivo principal é chegar até o final delas. Rayman corre automaticamente para a direita e você só precisa tocar na tela para que ele realize determinada ação, por exemplo, dar um toque no canto inferior esquerdo para que o personagem salte. Manter o dedo pressionado no canto esquerdo da tela após saltar faz Rayman voar. Já pressionar o canto direito da tela faz o personagem dar socos para combater inimigos ou quebrar obstáculos nos percursos.

Conforme você avança, os desafios aumentam gradativamente. O interessante é que, muitas vezes, as fases não são lineares e você tem que ficar atento para descobrir caminhos secretos ou formas de coletar Lums. Saltar de uma parede para outra a fim de alcançar um caminho superior ou seguir por uma trilha suspeita podem te levar a descobrir coisas novas. Até mesmo inimigos podem te auxiliar na coleta de Lums ou percorrer novos caminhos, bastando pular sobre eles.

Um lindo mundo na palma da mão

Mesmo oferecendo uma jogabilidade descomplicada, outro detalhe que certamente vai chamar a sua atenção é o visual do jogo. Rayman Jungle Run também utiliza a engine UbiArt Framework, a mesma que consagrou Rayman Origins como um dos títulos mais belos da última geração. É impressionante ver como todos os detalhes e cores vibrantes mantiveram-se no jogo mobile, está tudo ali na palma de sua mão. O visual é tão fantástico que parece desenhado à mão, tanto os cenários como Rayman e os inimigos. Um deleite para os olhos!

Outro herança de Rayman Origins presente nessa versão são as músicas. Apesar de não serem numerosas, elas são carismáticas e animadas, porém, nenhuma inédita, todas recicladas de Origins. Você logo vai perceber que cada mundo possui três canções distintas que são tocadas aleatoriamente nas fases.

Desbloqueie tudo!

Rayman Jungle Run possui 70 fases. Desse total, em 63 delas, é necessário coletar 100 Lums para conseguir um Skull Tooth (dente vermelho). Obtendo cinco dentes vermelhos em cada mundo, você libera a fase do cemitério, que é mais desafiadora. São 70 dentes para coletar e, ao recolher todos os Lums de cada fase, você desbloquea vários e belos wallpapers para estampar no visor do seu smartphone ou tablet. Portanto, para quem gosta de fazer 100%, Jungle Run possui bastante desafios.
Além disso, o título está totalmente traduzido para o português brasileiro, desde menus e créditos até os nomes das fases. É sempre bom ver que a Ubisoft continua surpreendendo quando o assunto é a localização de seus jogos, principalmente aqui no Brasil e, inclusive, em jogos mobile.

Uma corrida que não cansa

Rayman Jungle Run é um jogo tão completo que é quase impossível encontrar falhas. Na realidade, o game só apresenta ausência de alguns recursos, como a possibilidade de mapear os controles (não é possível alterar os toques na tela para pular tocando no canto direito e socar ao tocar no lado esquerdo, por exemplo) e rankings online nas fases do cemitério, que possuem tempo e não há razão alguma para superá-las o mais rápido possível. Outro detalhe que pode desanimar quem comprou esta versão mobile é que não é possível jogar com outros personagens da série Rayman, como Globox ou Teensie, a não ser que você pague um valor que é praticamente metade do preço do próprio Jungle Run. Seria interessante se a Ubisoft disponibilizasse uma forma de troca para desbloqueá-los usando a contagem de Lums coletados.


Disponível para Android, iOS e Windows Phone, Rayman Jungle Run é um título obrigatório para quem gosta de jogos 2D e desafios. Com visual fantástico, trilha sonora carismática e jogabilidade simples, Jungle Run é uma corrida na qual você irá correr inúmeras vezes e não vai se cansar. Correr pela floresta nunca foi tão divertido!

Prós

- Visual fantástico;
- Controles simples e funcionais;
- Fases criativas e bem humoradas;
- Possibilidade de desbloquear todas as fases sem precisar completá-las.

Contras

- Ausência de menu para alterar controle;
- Apesar de carismáticas, todas as canções de Jungle Run são recicladas de Rayman Origins;
- As fases de cemitério possuem tempo, mas não há motivo para completá-las no melhor desempenho.
Rayman Jungle Run —Android/iOS/Windows Phone — Nota: 9.0
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Diego Migueis


Desde que aprendeu a jogar videogames com Yoshi's Island e Donkey Kong Country 2, sempre é visto com um controle ou portátil da Nintendo na mão. Descobriu o amor por The Legend of Zelda com Ocarina of Time e sempre está querendo mais Zeldas. Gosta de escrever notícias, análises e bobagens aqui enquanto não está sonhando com um novo Silent Hill.
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