Transistor mostra como OSTs são a especialidade da Supergiant Games

Supergiant Games mais uma vez mostra como uma boa trilha sonora pode transformar um jogo em uma obra de arte

em 06/06/2014
Não é segredo para ninguém que trilhas sonoras são uma parte mais que fundamental em um grande jogo. Desde ambientar uma cena ou batalha podendo causar até mesmo emoções no jogador, a música é uma parte importantíssima na construção da experiência de muitos grandes títulos. E se tem algo que a Supergiant Games entende, é de trilhas sonoras. Se Bastion já nos presenteou com uma das mais belas OSTs da história dos jogos, Transistor vem para mostrar que toda a qualidade encontrada em seu predecessor espiritual não fora mera coincidência.

A mente e a voz por trás da música

Amigo de infância de Amir Rao, um dos fundadores da Supergiant, Darren Korb mais uma vez volta como produtor e compositor. Darren retorna deixando sua marca diretamente na trilha, abusando de aspectos eletrônicos e batidas pesadas, alternadas com melodias leves e dramáticas, criando uma experiência única para quem a ouve. Se em Bastion Korb mostrou ao mundo seu talento, em Transistor ele mostra que nada do que vimos no maravilhoso primeiro título da Supergiant foi por acaso.
Ashley e Darren em apresentação ao vivo
Mesmo Darren sendo o grande mentor e idealizador da trilha, é impossível citá-la sem elogiar o belo trabalho de Ashley Barret que mais uma vez volta para comandar os vocais. Assim como em Bastion, apenas uma parte pequena da trilha é de fato “cantada”, e são nessas músicas que podemos ver a sinergia de Korb e Ashley, visto que a melodia pesada criada pelo compositor contrasta de forma belíssima com a fina e delicada voz da cantora.

Da calmaria à tempestade

Toda e qualquer parte do jogo é ligada a alguma melodia pertencente a trilha, o que faz Transistor ser um jogo totalmente dependente da mesma (sério, dica de amigo, não jogue sem o áudio). Dito isso, é hora de vermos algumas músicas puramente instrumentais que tocam durante a jogatina.

Traces é uma música que comprova tudo que foi dito anteriormente sobre o estilo musical de Darren Korb, e mostra como essa maestria no controle dos elementos eletrônicos podem criar uma grande atmosfera de tensão:
Se em Traces nós temos toda a batida pesada característica da trilha, em Coasting, que não por coincidência toca em uma fase bônus, é o oposto disso, mostrando uma trilha leve e relaxante. Perfeita para se acalmar após derrotar alguns processos.
E se um lado de cada extremo foi apresentado, porque não encerrar essa pequena amostra com uma música que “casa bem” ambos os estilos musicais? Interlace é a pedida para mostrar como dois estilos musicais aparentemente tão diferentes podem ter tanta sinergia.

A voz que faltou em Red

Se Red perde a voz nos eventos que sucedem o começo do título, de forma quase irônica são as músicas cantadas que roubam os holofotes da trilha. No total, Ashley Barret empresta sua linda voz para cinco canções: The Spine, In Circles, Signals, We All Become e Paper Boats. Honestamente eu não saberia dizer qual dessas canções é a mais bela no geral (embora Paper Boats leve uma pequena vantagem) e sei que esse é um sentimento compartilhado por todos os fãs do jogo. Então deixo todas em sequência para vocês tomarem sua decisão:


Uma obra de arte

Se Transistor é um título que pode ser legitimamente comparado a uma obra de arte, grande parte disso advém de sua maravilhosa trilha sonora. E se foi dito que o jogo não é nada sem sua música, é possível dizer também que a OST fica ainda mais bela e envolvente quando ouvida durante a jogatina. Agora o que nos resta é ouvir essa maravilhosa trilha enquanto esperamos que a Supergiant possa mais uma vez nos agraciar com uma obra como essa.

Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Daniel Silva 

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