Análise: Uma experiência diferente em mundo pixelado. Explore e relaxe com as paisagens de Proteus (PC)

em 10/11/2013

Inspire, expire. Inspire, expire… Pronto? Então, pare, olhe e ouça. Seja bem-vindo a Proteus. Esse mundo de baixa resolução e de cores viv... (por Unknown em 10/11/2013, via GameBlast)

Inspire, expire. Inspire, expire… Pronto? Então, pare, olhe e ouça. Seja bem-vindo a Proteus. Esse mundo de baixa resolução e de cores vivas é todo seu. Explore, descubra e aprecie cada detalhe das planícies, montanhas, árvores e flores que estão ao seu redor. Para esse mundo virtual de aparência simples, o ambiente é o personagem principal e o seu objetivo, enquanto o jogador não passa de um mero espectador. Descubra novas sensações e experimente enxergar o conceito de “jogo” com uma perspectiva completamente diferente a que estamos acostumados.

Hora de descansar e tirar umas férias

Desenvolvido pela dupla Ed Key e David Kanaga, Proteus foi lançado no começo desse ano como um jogo de exploração de mundo aberto. E, bem, quando o jogador clica no botão iniciar e adentra no mundo pixelado de Proteus, tendo que nadar por um mar azul para alcançar uma singela ilha, ele logo percebe que o título faz jus ao seu gênero. Na verdade, Proteus segue à risca os seus ideais de gameplay. Em pouco tempo, fica claro que a única coisa a se fazer em meio a calmas paisagens e cenários simples, é caminhar, observar e relaxar, enquanto o mundo parece respirar lentamente ao seu redor.

Um novo mundo eletrônico.
Além de “exploração”, “pixelado” é outra palavra que define bem Proteus. Todo o mundo, em que o personagem com vista de primeira pessoa está inserido, tem um aspecto pixelado. Árvores, grama, flores e pássaros. Tudo em Proteus é construído com pixels gigantes. No entanto, é curioso perceber que depois de algumas horas de passeio, você simplesmente se esquece que está em um ambiente de baixa resolução. Talvez seja por causa da variada paleta de cores usada nas paisagens, que consegue tornar um pôr-de-sol feito de pixels enormes, mais bonito do que em uma tela de alta definição. Ou quem sabe, seja devido aos sons calmos e serenos que acompanham o movimento do personagem ou a brisa do vento e nos fazem sentir estar em meio aos Campos Elísios, o famoso local repleto de flores e gramados verdejantes, onde os heróis tinham seu descanso eterno de acordo com a mitologia grega.

Árvores, flores e um lago compõe uma das simples paisagens.
Tudo bem, já falamos que o visual é bonito, os sons são relaxantes e que parece estarmos praticando meditação enquanto caminhamos por essas estranhas planícies eletrônicas. Mas afinal, o que se faz em Proteus? Onde estão os objetivos, os inimigos, os desafios ou qualquer sinal de algo que se possa fazer além de passear? Pois é. Aí que está o problema: não tem nada além disso. E é precisamente nesse momento que o jogador começa a se perguntar se Proteus pode realmente ser chamado de jogo. Está certo que é possível explorar um mundo imenso, mas somente isso já basta para classificá-lo como um produto de entretenimento eletrônico, ou seria mais correto enquadrá-lo como apenas um simulador?

Curtindo um pôr-de-sol
Mesmo assim, é possível progredir nesse “simulador”. Inicialmente, o jogador explora o mundo de Proteus em plena primavera, com flores desabrochando, cores vivas dançando pelos ares e árvores de todos os tipos erguendo-se da terra. Ao cair da noite, além de bela mudança de cenário e da nova game de cores, o jogador pode adentrar em um grupo de luzes e avançar o tempo, indo diretamente à próxima estação do ano. Quando essa viagem sazonal termina, depois de vislumbrar tantas matizes climatológicas e de cores, chega-se enfim ao frio do inverno, onde o simulador termina e o jogo se encerra.

Mesmo a paisagem nevada tem seu charme.

Um “jogo” diferente

Por possuir tantas características que o afastam da caracterização de “jogo”, muitos jogadores podem odiar Proteus. E não seria correto tirar-lhes a razão. Para aqueles que estão acostumados a cumprir missões, atingir metas, obter itens mágicos e estar inseridos em uma narrativa que desenha a realidade de um mundo de avemtura e fantasia, Proteus parece algo completamente diferente do conceito de “jogo” que conhecem. Isso porque, no final, Proteus não é um jogo, ele é muito mais que isso. É uma experiência única do mundo eletrônico em termos de experimentação e interpretação. Sendo assim, a opinião final sobre a qualidade e validade desse mundo digital, é toda sua. Da mesma forma que você é livre para percorrer as paisagens, você também tem todo o direito de avaliar o título da maneira que mais lhe agradar. Mas se você está disposto a conhecer uma nova perspectiva no mundo dos jogos, não hesite em adentrar por alguns minutos no mundo de Proteus. Mesmo que não seja do seu estilo ficar sentado em frente ao computador, andando em meio a grama pixelada, tente dar uma chance a essa “aventura”.

Um mundo amplo para descobrir e explorar

Prós

Experiência diferenciada em relação a outros títulos;
Som ambiente complementa os cenários.

Contras

Falta de interação com o ambiente.

Apreciando as luzes noturnas...
Proteus - PC - Nota: 8.0
Revisão: Bruno Nominato
Capa: Douglas Fernandes

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.