Análise: Enfrente ilusões e muitos perigos com o ratinho mais corajoso do mundo no remake de Castle Of Illusion (PC)

em 15/09/2013

Quando Castle of Illusion estreou no Mega Drive, em 1990, apresentando Mickey Mouse como um intrépido herói, o jogo foi sucesso absoluto.... (por Unknown em 15/09/2013, via GameBlast)


Quando Castle of Illusion estreou no Mega Drive, em 1990, apresentando Mickey Mouse como um intrépido herói, o jogo foi sucesso absoluto. Os gráficos e a jogabilidade surpreenderam a geração de 16 bits e em pouco tempo o título se tornou um clássico. Assim, merecidamente, uma obra tão bonita ganha uma homenagem mais de 20 anos depois de seu lançamento, com um remake surpreendente. De visual renovado e com áudio remasterizado, o ratinho mais famoso da Disney retorna em grande estilo ao mundo dos games, trazendo de volta as queridas lembranças aos fãs do jogo original e prometendo conquistar aqueles que jogarem o título pela primeira vez. Está na hora de Mickey passar por desafios mortais, enfrentar inimigos perigosos e desvendar todas as ilusões que cercam o castelo onde a sua adorada Minnie está presa. Tudo isso mais uma vez, só agora que em HD.

Um castelo, muitos perigos

Desenvolvido pela Sega Australia e publicado pela Sega, o remake do clássico Castle of Illusion: Starring Mickey Mouse preserva o estilo plataforma do jogo e a ação se desenrola em um ambiente 2.5D (que mistura elementos do 2D e do 3D). Um dos pontos fortes da versão de 1990 era o visual do jogo, e a qualidade gráfica da remasterização não deixa a desejar. Os cenários são fantásticos, ricos em detalhes e quase roubam a cena da ação principal que se desenrola com o corajoso ratinho. Não é incomum ficar impressionado com um mar de doces infinitos ou com uma floresta densa dominando a paisagem. Cada detalhe que compõe o visual dos cenários foi trabalhado com extremo cuidado, o que torna a jogabilidade mais fluida.

O nível de detalhe de cada nível impressiona.
Para aqueles que não jogaram o jogo original e não conhecem sua trama clássica, a história se dá em torno do sequestro da linda Minnie pela horrível bruxa Mizrabel. Com inveja da beleza da ratinha, a bruxa rapta o grande amor de Mickey, enquanto os dois personagens passeavam tranquilamente, e a leva para seu misterioso castelo. Sem outra escolha ou tempo a perder, Mickey persegue a bruxa e ao chegar às portas do castelo, um misterioso eremita lhe explica como poderá salvar a ratinha. Ele diz que Mickey precisa enfrentar as ilusões mágicas da bruxa e derrotar os Mestres da Ilusão, que guardam gemas mágicas preciosas que lhe irão auxiliar a chegar até sua inimiga. Sendo assim, o intrépido ratinho parte para dentro da fortaleza, pronto para enfrentar qualquer perigo e desafio que apareça pela frente, atacando as ilusões com pulos e atirando maçãs e até bolas de brinquedo nos adversários.

Uma floresta que precisa ser podada.
Com alguma sutis diferenças em relação ao jogo clássico, dessa vez Mickey precisa coletar uma quantidade precisa de esmeraldas prateadas, que estão espalhadas ao longo de cada nível, para liberar diversos estágios que se encontram bloqueados no castelo. Isso intensifica a aventura de percorrer cada mundo diferente, cuidando para não deixar nenhuma esmeralda escapar à vista. Além disso, quanto mais itens raros como cartas mágicas ou pimentas especiais de Donald Mickey conseguir reunir, mais artes conceituais o jogador poderá liberar, que serão exibidas no castelo, podendo ainda desbloquear o uso de roupas especiais para o protagonista utilizar em sua aventura, como a roupa de mágico ou a de cavaleiro.

O caminho até a bruxa é longo e cheio de obstáculos.

Muito além das ilusões

O visual deslumbrante do jogo não é o único destaque do título. A trilha sonora completamente remasterizada é um grande atrativo, com todos os ritmos clássicos da obra tocando agora em alta qualidade. Melodias épicas, como os sons da fábrica de brinquedos ou o ritmo suave, mas tenso, da floresta, são incríveis. Um detalhe interessante que foi acrescentado ao jogo foi a presença da voz do eremita, que aconselha Mickey no início de sua aventura, agora narrando alguns dos momentos mais importantes da trama. Isso tornou a experiência muito mais envolvente, fazendo parecer que o jogador está dentro de um filme ou de um livro de histórias.

Mesmo a música suave da Biblioteca ganhou novos ares nessa remasterização.
O remake mantém todos os níveis e características do jogo original, mesmo assim, é decepcionante perceber como o título é curto e pode ser concluído em apenas 1 hora. As fases clássicas do jogo original ainda estão presentes, sendo elas: a Floresta, a Fábrica de Brinquedos, a Tempestade, a Biblioteca junto do Mundo dos Doces, o Castelo junto da Torre do Relógio e a Torre de Mizrabel, onde o ratinho tem seu confronto final com a bruxa. Apesar dos desafios e obstáculos constantes, além das batalhas contra os chefões terem sido remodeladas para essa nova geração, o nível de dificuldade não se compara ao do título original, que exigia do jogador muita precisão de movimentos, agilidade e paciência.

Muitas ilusões, poucos desafios.
Uma curiosidade é que no jogo original, o ataque principal de Mickey consistia em pular acertando seus inimigos com a sua...Bem, com a sua bunda. Era muito divertido fazer isso principalmente em momentos com vários adversários enfileirados, quicando neles a base de bundadas até chegar ao objetivo. Apesar disso, parece que a Sega quis seguir a ideia do “politicamente correto” que permeia nossa época e alterou o ataque do ratinho para simplesmente fazê-lo acertar o inimigo com os pés quando pulasse sobre ele. Durante a ação isso fica quase imperceptível, mas os fãs do jogo clássico certamente sentirão falta daquele movimento que se tornou marca registrada do jogo original na época de seu lançamento.

Dando bundadas...Quero dizer, pulos nos inimigos.

Prós

  • Visual deslumbrante;
  • Jogabilidade fluida.

Contras

  • Movimentos às vezes imprecisos;
  • Curto tempo de gameplay.

As ilusões mais engraçadas e lindas que você jamais viu.
Castle Of Illusion - PC - Nota: 8.0
Revisão: Samuel Coelho
Capa: Sybellyus Paiva






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