Prévia: Conheça Killer is Dead (PS3/X360), a nova criação da mente bizarra de Suda 51!

em 25/08/2013

Suda 51 não é um desenvolvedor qualquer. Poderoso chefão da Grasshopper Manufacture e responsável por uma série de jogos bizarros e cr... (por Unknown em 25/08/2013, via GameBlast)


Suda 51 não é um desenvolvedor qualquer. Poderoso chefão da Grasshopper Manufacture e responsável por uma série de jogos bizarros e criativos como Killer 7 (GC/PS2), Shadows of the Damned (PS3/X360) e o mais recente Lollipop Chainsaw (PS3/X360), Suda é o Quentin Tarantino dos games. Depois de uma série de jogos com senso estético acima de média, história e ambientações únicas e jogabilidade um pouco desajustada, o desenvolvedor ataca mais uma vez com o que parece ser a síntese de tudo que veio criando nos últimos dez anos. Seu novo jogo, Killer is Dead, promete unir tudo que já foi feito de melhor e ainda implementar uma jogabilidade para ninguém botar defeito!


Cão de aluguel

Os que conhecem as criações de Suda sabem bem o que esperar: violência, comédia, uma pitada de vulgaridade, referências à cultura pop e ambientes coloridos, mas com um climão noir que dão uma estética única para as aventuras protagonizadas, geralmente, por assassinos ou pessoas psicopatas. Em Killer is Dead, o jogador é colocado no papel de Mondo Zappa, um assassino de aluguel contratado pela Bryan Execution Firm, uma empresa que envia o rapaz para diversos lugares do mundo, ou até mesmo fora dele, para assassinar as mais diversas figuras espalhadas por eles. Durante a jornada, Zappa terá de lutar contra uma horda de inimigos, provocando uma lindíssima carnificina por onde passar, até mesmo na Lua.

Se não fosse bizarro não seria do Suda

Shadows of the Damned encontra No More Heroes…

Em No More Heroes (Wii/PS3), no controle de Travis Touchdown, que portava uma espécie de sabre de luz que utilizava para retalhar seus inimigos pelas múltiplas fases do jogo para que então chegasse a um chefe de aparência bizarra e peculiar com uma história de vida macabra que fazia com que o jogador pensasse se não devia ter pena ao invés de raiva do indivíduo. Travis era um rapaz qualquer que precisava de dinheiro, e por isso, aceitava o trabalho de se tornar o maior assassino do mundo, tendo que caçar e matar um a um.

A obsessão de Suda por tigres está mais forte do que nunca. Só faltam os lutadores de luta-livre... 
Já em Shadows of the Damned, o jogador controlava Garcia Hotspur, um homem que resolve viajar até o inferno para trazer sua amada de volta. Ao contrário de Travis, Hotspur portava apenas armas de fogo, mas provocava o mesmo estrago por onde passava, enfrentando até o próprio demônio sem temer absolutamente nada. Agora você deve estar se perguntando: por que falar desses dois jogos? Simples. Killer is Dead sintetiza a jogabilidade de ambos e parece estar as utilizando com maestria.

Travis Hotspur...ou Mondo Zappa
Mondo parte em suas missões com uma espada, mas também com um braço biônico capaz de disparar projéteis. Isso faz com que a jogabilidade seja uma mistura de hack’n slash com third person shooter. O jogador é livre, no entanto, para decidir lutar da forma que bem entender. Quando está lutando com armas brancas, o gameplay é muito similar ao que pudemos conferir em No More Heroes ou Lollipop Chainsaw. Com controles fáceis e intuitivos, o ritmo de jogo será muito frenético e a violência, visceral.

Os chefes prometem ser o ponto alto do jogo
Já quando utilizamos o braço biônico de Mondo a jogabilidade é mais lenta, remetendo diretamente a Shadows of the Damned, que por sua vez, lembra muito os títulos mais recentes da série Resident Evil. Contudo, em Killer is Dead é possível mesclar os dois estilos a todo o momento, criando infinitas possibilidades de combate.

Quando utilizamos o braço biônico, a câmera se posiciona por trás do ombro de Zappa
Além disso, os treze capítulos da aventura sempre contarão com um chefe final a ser enfrentado. Estes, como sempre, terão as mais diversas motivações para suas vilanias e aparência e personalidade das mais peculiares possíveis. Como sempre estas batalhas prometem ser o ponto alto do jogo, ainda mais para os que já conhecem o histórico de Suda nesta área, que já conta com bizarrices como aves boca suja, zumbis roqueiros e até cavalos flatulentos.

...Com uma pitada de Killer 7

Outro aspecto do jogo que promete ser incrível é o seu visual. Retornando ao estilo artístico encontrado em Killer 7, com cores lavadas e vibrantes, o jogo parece estar lindíssimo. Os traços dos personagens, que parecem ter sido desenhados à mão estão incríveis e o jogo parece rodar suavemente mesmo com muitos elementos na tela. O único problema, no entanto, é que tantas cores vibrantes e elementos interagindo (leia-se tentando matar) com Zappa provavelmente confundirão um pouco os jogadores, que se verão perdidos em um mar de cores e coisas acontecendo ao mesmo tempo. A trilha sonora também parece estar incrível, com uma mistura de composições clássicas com rock contemporâneo que darão o tom da aventura que, como se pode ver, abusará do contraste não só do visual, como também de toda a ambientação e enredo.

Os gráficos estão arrasadores!

Batendo à porta!

Killer is Dead será lançado ainda este mês para o PlayStation 3 e Xbox 360 e promete ser a última grande cartada de Suda nesta geração, mesmo que uma sequência de Liberation Maiden (3DS) está a caminho do PS3. Agregando elementos utilizados nos últimos dez anos pelo desenvolvedor, Killer is Dead parece ser a síntese de toda a sua visão artística que começou com jogos como Flower, Sun and Rain (PS2) e veio terminar com Lollipop Chainsaw. Para os fãs de Suda, o jogo é imperdível e para os que ainda não conhecem, parece ser uma excelente forma de adentrar na mente doentia do desenvolvedor
Killer is Dead (PS3/X360)
Desenvolvimento: Grasshopper Manufacture
Gênero: Ação/Hack’n Slash
Lançamento: 27 de Agosto
Expectativa: 4/5

Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Vitor Nascimento


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