Análise: Enfrente zumbis através do tempo com a ajuda de plantas boas de briga em Plants vs. Zombies 2: It's About Time (iOS)

em 21/08/2013

A fórmula simples, divertida e inusitada de colocar plantas lutando contra zumbis está de volta. Quatro anos após o lançamento de Plants v... (por Alberto Canen em 21/08/2013, via GameBlast)

A fórmula simples, divertida e inusitada de colocar plantas lutando contra zumbis está de volta. Quatro anos após o lançamento de Plants vs. Zombies, um dos jogos de maior sucesso para dispositivos com sistema operacional iOS ou Android (posteriormente lançado para quase todos os consoles atuais), finalmente a PopCap Games traz a continuação tão aguardada pelos fãs. E os jogadores brasileiros não foram esquecidos, pois o game está totalmente em português (menos as vozes), e o que é melhor: de graça.


Plantas, zumbis, uma máquina do tempo e um vizinho muito doidão

Nessa nova aventura, devemos acompanhar o nosso velho conhecido Crazy Dave (traduzido nessa versão como Dave Doidão), o vizinho do primeiro game da série, enquanto o mesmo resolve voltar no tempo para comer o taco (comida típica da culinária mexicana) que acabara de saborear. Isso graças à ajuda de um "furgão-máquina-do-tempo-falante". Esse é todo o enredo do jogo, que serve tão somente como pano de fundo para criar a temática dos três mapas pelos quais passaremos: Egito Antigo, Mar dos Piratas e Velho Oeste.


Cada um dos mapas serve como tema para os cenários e zumbis. O Egito Antigo lembra o primeiro Plants vs. Zombies, com as cinco linhas de ataque normais e os sarcófagos fazendo as vezes dos túmulos. No Mar dos Piratas, duas das linhas são incompletas, diminuindo o espaço para plantar e permitindo uma nova forma de ataque dos zumbis, que agem como verdadeiros piratas abordando um navio. No Velho Oeste, é possível plantar em vagões, colocados em cima de trilhos no meio das linhas de ataque.


Os mundos possuem o seu próprio mapa, ao estilo Super Mario Bros., pelos quais o jogador pode ver o seu progresso e voltar a um ponto específico para jogá-lo novamente. Também é uma forma de criar bifurcações pelo caminho, que são fechadas por portões que só podem ser abertos por um número específico de chaves, as quais podem ser adquiridas durantes as batalhas, de forma aleatória. Voltar nas partes do mapa que não estavam acessíveis é uma ótima forma encontrada pelo pessoal da PopCap para garantir a longevidade do jogo. Vale notar que cada novo caminho possui algum upgrade ou planta nova, o que aumenta ainda mais o valor de desbloquear essas áreas.


Ao chegar ao final de um mapa, deparamos-nos com algo que pode não agradar a muitos jogadores: a necessidade de "grindar" o jogo para prosseguir ao mapa seguinte, que exige um certo número de estrelas para tanto. As fases jogadas anteriormente recebem três estrelas cada e é necessário jogá-las novamente três vezes para consegui-las. A diferença está no fato de regras serem adicionadas à jogatina, como a obrigatoriedade de plantar um número limitado de plantas, produzir uma certa quantidade de sóis, ou não perder qualquer cortador de gramas. Não é necessário conquistar as três, pode ser apenas uma ou duas e partir para outra fase e adquirir novamente de uma a três. O importante é conseguir a quantidade necessária para viajar para o próximo mapa.

São 30 estrelas para seguir adiante: várias partidas para isso.

Zumbis estão vindo

Plants vs. Zombies 2 manteve a mesma mecânica bem-sucedida do primeiro jogo com algumas adições — opção bem melhor do que simplesmente alterá-la, considerando que deu certo e é perfeita para jogar em aparelhos com tela sensível ao toque. Para os novatos, há um tutorial opcional logo no início da jogatina. De qualquer forma, a dificuldade vai aumentando conforme se vai avançando no jogo, tornando possível se ambientar durante as partidas.

Sendo um jogo estilo tower defense, é necessário colocar as suas plantas estrategicamente, de forma a acabar com os variados zumbis que estão atrás do seu suculento cérebro. Para plantar, é preciso de sóis, que caem do céu e também são produzidos pelos girassóis, que podem ser plantados — é sempre bom reservar um certo tempo no início de cada partida para plantá-los, pois sem os sóis não será possível utilizar as plantas guerreiras.

Tower defense no Velho Oeste

Além de muitas plantas do primeiro jogo, como os girassóis e os atiradores de ervilhas (disparaervilhas), outras tantas foram adicionadas, como o repolho boxeador, que soca os adversários como um verdadeiro pugilista, o que lhe dá um curto alcance, mas poder letal, ainda mais se postado logo atrás de uma noz-obstáculo (também proveniente do primeiro jogo). Os novos zumbis também acrescentaram inovação na estratégia, como o caso do Zumbi Rá, que tenta roubar sóis assim que aparece em campo, fazendo o jogador coletá-los o mais rápido possível, para evitar ser surrupiado.

Repolho boxeador vs. Zumbi Rá (ladrão de sóis)

Um adicional muito interessante foi a inclusão do adubo, uma espécie de power-up que dá força extra para a planta que o recebe. Cada uma age de uma forma diferente. Então, um girassol que receber uma porção de adubo irá soltar diversos sóis de uma vez; uma disparaervilha atirará como uma verdadeira metralhadora, e por aí vai. Com isso, saber o momento certo de usar os adubos, que são adquiridos ao derrotar um zumbi qualquer que esteja brilhando, é fundamental para vencer as partidas com mais facilidade. Portanto, não saia gastando esse bem precioso sem pensar antes.

Com uma dose de adubo, a disparaervilha vira uma verdadeira metralhadora de ervilha

Se os adubos foram bem-vindos, o mesmo não pode ser dito das chamadas "melhorias": Pinça poderosa, no qual é possível destruir os zumbis fazendo movimento de pinça com os dedos em cima deles; Arremesso poderoso, com o qual basta passar os dedos em cima de zumbis para arremessá-los para fora do campo; e Raio poderoso, que serve para eletrocutar os zumbis, apenas mantendo o dedo em cima dos mesmos. Essas melhorias não se encaixam na jogatina, uma vez que retira o embate entre plantas e zumbis, além de facilitar demais as coisas e perder o valor de estratégia. Felizmente, elas não são necessárias para vencer as partidas, portanto, aconselho a não usá-las, a não ser que você não esteja buscando por mais desafio, e sim uma jogatina bem mais casual — apenas não diga depois que achou fácil demais.

Novos power-ups são desnecessários e não combinam com o estilo do jogo

Compras são possíveis, mas não necessárias

Muitas desenvolvedoras de jogos para tablets e smartphones estão aderindo ao modelo freemium de distribuição, ou seja, o jogador não paga para adquirir o jogo completo, mas se depara com diversas melhorias e facilidades para serem compradas dentro do próprio aplicativo (in-app purchases). Felizmente, ao contrário de muitos outros jogos, em Plants vs. Zombies 2 essas compras não são imprescindíveis para terminar o jogo, são apenas facilidades, para aqueles que não têm paciência para grindar ou para quem simplesmente não resiste a um power-up fácil.

Você pode comprar melhorias e facilidades, mas não são necessárias
A PopCap Games fez um excelente trabalho na continuação do seu jogo de sucesso. Plants vs. Zombies 2 procurou apenas adicionar melhorias ao game, mantendo a fórmula que agradou aos diversos fãs das plantas guerreiras, que protegem nossos amados cérebros.

Prós

  • Grátis;
  • Jogabilidade perfeita para dispositivos com tela sensível ao toque;
  • Dificuldade progressiva na medida certa;
  • Personagens cômicos.

Contras

  • Necessidade de grindar o jogo para avançar;
  • Power-ups novos desvirtuam a jogatina.
Plants vs. Zombies 2: It's About Time — iOS — NOTA: 9.0
Revisão: Vitor Tibério
Capa: Vitor Nascimento

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