Um planeta para chamar de seu
Como todo bom jogo da série Sonic, a história gira em torno de um plano de dominação mundial criado pelo malvado Dr. Robotnik, cabendo ao ouriço acabar com o “terrível” vilão. Em Sonic CD, o clássico antagonista da série toma controle de uma pequena lua do planeta em que o ouriço vive, chamada Little Planet, que aparece apenas em um mês do ano, enquanto que nos outros onze ela permanece invisível. O desejo de Robotnik era controlar as chamadas pedras do tempo, poderosas gemas existentes no pequeno satélite, as quais têm o poder de distorcer o tempo.Para permitir a busca de tais artefatos, Robotnik e seus servos robôs acorrentam Little Planet a uma grande montanha do planeta do pequeno ouriço, que ao saber das artimanhas de seu arqui-inimigo não hesita em impedi-lo. Dessa vez, entretanto, Sonic terá que enfrentar um oponente criado especialmente para derrotá-lo, um robô clone do ouriço, denominado Metal Sonic que, para piorar a situação de nosso protagonista, sequestrará Amy, dando mais trabalho ainda para o ouriço azul.
Mais rápido que o próprio tempo
Se a jogabilidade em si não fugia do padrão da franquia (velocidade pura e desenfreada), Sonic CD tinha uma mecânica inovadora para a série, e que marcou esse jogo como um dos grandes nomes da franquia: as viagens temporais. Embora esse conceito possa parecer algo estranho para jogadores de Sonic, em Sonic CD era possível jogar todas as fases do jogo (com exceção dos chefes finais) em quatro formatos diferentes: presente, passado, futuro “ruim” e futuro “bom”.Todas as fases começavam por padrão no tempo presente, sendo possível fazer as viagens temporais por meio de placas que se encontravam ao longo dos cenários. Caso Sonic viaje primeiramente para o futuro, necessariamente esse será o futuro “ruim”, onde o cenário é mais negro e com uma trilha mais pesada, para demonstrar o horror do domínio do Dr. Robotnik. Para impedir esse futuro tenebroso, era possível viajar para o passado, em um tempo logo após a chegada do vilão a Little Planet, e destruir suas fábricas de robôs, impedindo o controle daquela zona pelo antagonista. Isso não só alterava parte da jogabilidade em cada fase, como escolhia qual seria o final do jogo, baseado na quantidade de cada tipo de futuro que foi alcançado ao longo da jogatina.
Isso são... discos voadores?
Um dos detalhes que passa despercebido, mas que ajudava e muito na diversão que Sonic CD proporcionava, eram as fases bônus. Como em outros jogos da série, essas eram destravadas ao fim de cada zona em que o jogador completava com cinquenta ou mais anéis. A diferença para o primeiro da série estava no formato dessa fase que, ao contrário da jogabilidade usual da franquia naquela época, era jogada em um fase tridimensional, cujo objetivo era derrotar OVNIs que flutuavam ao redor do cenário em um determinado limite de tempo. Caso a fase fosse vencida, uma das sete pedras do tempo eram adquiridas e, caso o jogador reunisse todas essas, o final “bom” do jogo estaria garantido, independente das viagens temporais feitas na campanha.Nostálgica como não podia deixar de ser
Ambas as trilhas sonoras, tanto a japonesa como a americana, eram de grande qualidade, uma marca da franquia, e continham ótimas músicas que até hoje trazem ótimas lembranças para aqueles que tocaram nesse ótimo jogo. Uma música em especial, pelo menos para mim, que mais traz lembranças de Sonic CD é a faixa de entrada, que tocava na pequena cutscene antes do início do jogo: Sonic Boom.Mais que um clássico
Mais do que apenas outro jogo do ouriço, Sonic CD trouxe grandes inovações para a série, como as fases tridimensionais e as viagens temporais. Mas não é só a isso que o legado desse que é considerado um dos maiores games da série se restringe. Para muitos que não possuíam os antigos consoles da Sega, esse jogo foi o primeiro contato com o ouriço azul, incluindo esse que vos fala, que começou com Sonic CD e não parou até hoje.
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Daniel Machado