Matando bandidos e assaltando anões em Golden Axe (Master System)

em 17/05/2013

Durante a década de 1980, o guerreiro cimério Conan esteve no auge devido aos filmes Conan, o Bárbaro e Conan, o Destruidor , estrelad... (por Unknown em 17/05/2013, via GameBlast)



Durante a década de 1980, o guerreiro cimério Conan esteve no auge devido aos filmes Conan, o Bárbaro e Conan, o Destruidor, estrelados pelo então desconhecido Arnold Schwarzenegger. Eis que em 1989 a Sega trouxe para os arcades e consoles da época sua própria versão do bárbaro brutamontes em Golden Axe. O personagem principal possuía todas as características do cimério criado por Robert E. Howard: musculoso, usando uma espada de duas mãos e vestindo apenas botas, braceletes e uma sunga.

Em busca do Machado de Ouro

Enquanto nas versões de Arcade e Mega Drive era possível escolher entre três personagens diferentes, no Master System apenas o guerreiro Tarik estava disponível. Apesar dessa diferença, a história principal continuava a mesma. Uma entidade do mal conhecida como Death Adder capturou o rei e a princesa de Yuria, além de tomar posse do Machado de Ouro (Golden Axe), um poderoso artefato mágico que é símbolo de Yuria. Agora cabe ao guerreiro Tarik enfrentar as tropas de Death Adder, recuperar o artefato e derrotar o vilão.

Apesar de não permitir a seleção de outros personagens como no Arcade, a versão de Master System manteve os poderes mágicos de todos. Antes de começar a partida, o jogador deve escolher um dos três caminhos da magia: Terra, Fogo ou Trovão. Cada um deles possui um número de barras que devem ser preenchidas para alcançar o poder máximo das magias, sendo o caminho do fogo o mais eficiente. Quando usa o poder máximo dele, Tarik é capaz de invocar um dragão gigante que cospe fogo em todos os inimigos na tela. Sem dúvida era algo mais empolgante que os “simples” raios e terremotos dos outros dois caminhos mágicos.


Claro que a magia serve como uma espécie de salva-vidas para os momentos de desespero, já que o foco mesmo era o beat’em up. Apesar das limitações técnicas do console na época, Tarik possuía alguns golpes variados além do ataque básico com a espada. O personagem podia dar ombrada nos adversários, chutá-los ou ainda arremessá-los no ar. Além disso, em certos momentos ele movia a espada de um jeito diferente, acertando os inimigos de baixo para cima e fazendo com que eles voassem longe. O grande problema dos combates é que os adversários geralmente executavam uma sequência de três ataques, sendo praticamente impossível parar de apanhar após levar o primeiro golpe. O jeito era esperar Tarik cair no chão e tentar vencer o inimigo de novo.

Fantasia medieval clássica

Entre os oponentes estavam humanos, orcs e amazonas, usando armas como tacapes, maças, machados e martelos gigantes. Tudo bem típico da fantasia medieval. Eles se repetem à exaustão até o final do game. Mesmo assim, nas fases finais o game ainda consegue surpreender colocando alguns esqueletos e cavaleiros de armadura completa para serem enfrentados pelo jogador. Já o chefão Death Adder se destacava pela capacidade de lançar magias. Para ajudar na missão, Tarik contava ainda com algumas montarias que geralmente deveriam ser tomadas das amazonas. Havia, por exemplo, uma espécie de grifo, que usava sua cauda para atacar, e um dragão que podia cuspir bolas de fogo ou dar baforadas de gelo nos inimigos mais próximos.


Golden Axe tinha ainda uma maneira divertida de recarregar a barra de poder mágico e energia. Para isso, era necessário roubar poções de alguns anões que surgiam no meio das fases ou entre uma fase e outra, quando aparecia a cena de Tarik acampando. Devia-se chutar as pobres criaturas, que a cada golpe derrubavam um frasco de poção. Apesar de não possuírem nenhum tipo de ataque, não era nada fácil acertar esses anões. Eles são bem mais ágeis que os outros oponentes do jogo e se movimentam de maneira muito aleatória pelo cenário.

Limitado, porém divertido

Devido às limitações do Master System, as cores não eram muito fortes, mas isso até que combinava com o clima do jogo. Além disso, os personagens ficaram até bem detalhados para a época. Era possível enxergar pequenos detalhes como olhos, a boca e músculos do protagonista, além de bigode e barba em alguns inimigos. A música, apesar de bastante simples, conseguia empolgar em algumas fases, mas após algumas horas de jogo acabava enjoando.


O final de Golden Axe não podia ser mais simples. Derrotando Death Adder, aparecia um mapa de Yuria escrito “Fim” e “Congratulations” ao lado. Em seguida, surgia um resumo de tudo o que havia acontecido, desde a ascensão de Death Adder até a derrota dele pelas mãos de Tarik. Também é contado que, utilizando o poder do Machado de Ouro, Tarik venceu muitas batalhas e acabou se tornando rei. Tudo muito parecido com a história original de Conan, o Bárbaro.

Revisão: Bruna Lima
Capa: Stefano Genachi

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