Matar aliens nunca foi tão desafiante e divertido como em XCOM: Enemy Unknown

em 05/04/2013

Anunciado como um remake espiritual de um famoso game da década de 90, XCOM Enemy Unknown , da distribuidora 2K Games, é um game de estr... (por João Pedro Meireles em 05/04/2013, via GameBlast)


Anunciado como um remake espiritual de um famoso game da década de 90, XCOM Enemy Unknown, da distribuidora 2K Games, é um game de estratégia em turnos com forte influência de RPGs. Com uma mecânica de jogo envolvente e desafiadora, o jogo conseguiu trazer de volta um gênero que já fez grande sucesso em jogos como Civilization. Leia mais para entender o porquê desse ser considerado por muitos como o melhor jogo de PC de 2012, e possivelmente um dos melhores jogos de estratégia em turnos já feito.

Um planeta sob sítio

O jogo começa um com uma citação do escritor de ficção científica britânico, Arthur C. Clarke: “ Duas possibilidades existem: ou estamos sozinhos no universo ou não. Ambas são igualmente aterrorizantes”. A história do game começa quando descobrimos a resposta para essa pergunta e alienígenas invadem o planeta Terra. Cabe ao jogador, que assumirá o posto de comandante maior do projeto XCOM (uma força de elite especial financiada por vários países do globo), impedir o que parece inevitável: o fim da nossa existência.


Para tal, o jogador terá que percorrer todos os cantos do mundo, para tentar frear a destruição em massa causada pelos seres extraterrestres. Os cenários do game, embora sejam bem parecidos, um ponto um pouco negativo, são totalmente interativos, e isso faz com que, mesmo após jogar mais de uma vez em um determinado cenário, cada partida seja diferente da outra. Desde explosões a vidros quebrados, o cenário está em constante mutação e o jogador terá que se adaptar às mudanças causadas pelo mesmo e por seus adversários para poder se defender e atacar da forma mais eficiente possível.

Estratégia... do grego “stratègós”

Estratégia é uma palavra que define bem XCOM. Em todo e qualquer momento, o intelecto e as escolhas do jogador estarão sendo testadas e qualquer deslize pode ser fatal. Para se defender dos aliens é preciso sempre colocar seu esquadrão sob cobertura, visto que um soldado sem proteção dificilmente sobreviverá um turno. Esse mesmo esquadrão é um dos grandes diferencias de XCOM, já que o jogador contará com um número grande de soldados, mas apenas quatro(ou seis após melhorias) serão usados por combate. Essa mecânica, aliada a inspiração de RPG, faz com que o jogador tenha que decidir entre treinar todos os soldados ou escolher um grupo para maximizar suas habilidades. Independente da escolha, esses soldados acabam criando um vínculo com quem os controla (ainda mais quando você os edita fisicamente), o que faz a morte daquele personagem que tantas batalhas lutou a seu lado cause um certo aperto no coração de quem joga.

83%? Como alguém pode errar um alvo desse tamanho?

Mas não é só nas batalhas que o jogador passará o tempo enquanto está em XCOM. Todo o controle da operação, como pesquisa e desenvolvimento, é controlado pelo próprio, e essas escolhas muito possivelmente mudarão o destino dos combates. Não obstante, o jogador ainda precisará cuidar dos países que sustentam a operação, visto que é deles que vem o dinheiro. Para tal será necessário escolher bem quais países visitar, para evitar o pânico em determinada região, ou instalar satélites (algo que não é destacado como algo fundamental, mas acredite, é) para monitorar as atividades no país de escolha.

Pensa, pensa, pensa...

É preciso cuidar de todo o globo
Todos esses detalhes que foram citados são apenas uma parte de toda a profundidade do gameplay de XCOM, e como pode se ver, o jogo é muito complexo. Mas não é apenas o alto nível de complexidade do game que o torna tão difícil, e muitas vezes frustrante, e sim sua mecânica “impiedosa”. Muitas vezes os erros feitos em combate podem causar a perda de soldados importantes, o que já foi citado, mas muitas vezes tomar as escolhas erradas na base pode comprometer todo o gameplay, o que faz com que muitos jogadores tenham que começar outro save para conseguir zerar o jogo. Isso causa uma espécie de dualidade na experiência do game, já que, embora deixe a experiência frustrante para alguns, o gamer fica em constante pressão e sempre tem a sensação de que algo está fora do controle, o que, muito provavelmente, é a sensação que se teria em um ataque real, o que torna a jogatina extremamente envolvente.

Você ouviu isso?

Os efeitos sonoros em XCOM são extremamente bem feitos e ajudam a tornar o game ainda mais imersivo. Desde os sons de vidros quebrando, passando por explosões, e até mesmo as próprias falas dos soldados, tudo se mostra extremamente caprichado e bem feito. Além disso, há a possibilidade de identificar alguns inimigos pelos sons, algo que é reforçado com uma imagem de “ondas sonoras”, o que faz com que seja preciso tomar certo cuidado com onde se posiciona seu esquadrão, pois, mesmo após matar vários aliens, alguns ainda podem estar à espreita apenas esperando seu descuido. Aliens esses que apresentam uma enorme variedade, cada uma com seus perigos e fraquezas, e, assim como em uma guerra, é preciso conhecer bem seu oponente - o que pode ser feito em outra instância por biopsias e interrogatórios (que permite a fabricação de armas ou armaduras especiais) - para derrotá-lo.
Acredite, esses cabeçudos seram o menor do seus problemas

Todos prontos

XCOM: Enemy Unknown foi um dos grandes lançamentos do ano e foi capaz de dar uma forte revigorada no mercado de games de estratégia em turno (o qual, diga-se de passagem, sou extremamente fã). Se você, assim como eu, gosta desse estilo de jogo, ou gosta simplesmente de qualquer game de estratégia, não deixe de adquirir esse, que pode sim, ser considerado um dos melhores games de 2012. 

Prós

  • Mecânica envolvente
  • Toda complexidade que um jogo de estratégia deve ter

Contras:

  • Falta de orientação sobre pontos importantes do game
  • Alguns bugs

XCOM: Enemy Unknown – PC (Steam) – Nota: 9
Revisão: Rafael Becker
Capa: Vitor Nascimento

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